Opinião: Campina Grande é a pedra no sapato de João Azevêdo

As principais lideranças da cidade estão unidas ou em discussões internas para formar uma aliança visando as eleições de 2024

A cidade de Campina Grande se tornou uma pedra no sapato do grupo político liderado pelo governador João Azevêdo (PSB). Mesmo contando com o vice-governador Lucas Ribeiro, que possui base no município, as principais lideranças da cidade estão unidas ou em discussões internas para formar uma aliança visando as eleições de 2024.

O prefeito Bruno Cunha Lima (PSD), o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e o deputado federal e ex-prefeito de Campina, Romero Rodrigues (Podemos), são as principais figuras políticas de Campina Grande e devem caminhar juntas no próximo pleito.

Esse palanque unificado certamente representará uma dor de cabeça para o grupo do governador João Azevêdo, mesmo que ele negue essa perspectiva.

O vice-governador, que anteriormente ocupava o cargo de vice-prefeito na gestão de Bruno, não possui a mesma capilaridade eleitoral. Sua ascensão ao cargo se deve, em grande parte, à força política de sua mãe, a senadora Daniella Ribeiro, e de seu tio Aguinaldo Ribeiro.

A oposição ao atual prefeito Bruno Cunha Lima está articulando uma chapa para disputar a sucessão municipal em 2024, e o grupo liderado pelo governador João Azevêdo está envolvido nessa movimentação.

Durante uma solenidade em João Pessoa, Azevêdo previu a formação de uma chapa, independentemente de o PSB liderá-la ou não. Internamente, o nome do secretário de Saúde, Jhony Bezerra, está sendo considerado como possível candidato pelo PSB para a Prefeitura de Campina Grande.

O governador entende a necessidade de articular rapidamente uma chapa e acredita que a decisão, sobre se o candidato será do PSB ou de outro partido aliado, será tomada com base naquele que estiver mais bem preparado para a disputa eleitoral.

No entanto, João Azevêdo reconhece que na política não é possível impor decisões. Ele confia que o conjunto de partidos que compõe a base governista chegará a um consenso, mas a realidade pode se mostrar diferente. Enquanto isso, o governador quebra a cabeça, pois sabe que o sucesso nas eleições de 2026 passa pelo resultado que conseguir em Campina Grande. Um resultado desfavorável pode prejudicar os planos do seu grupo político.

A eleição municipal de Campina Grande em 2024 ganha uma importância estratégica para as forças políticas envolvidas. A cidade representa um bastião político relevante e, portanto, a disputa pelo comando do município pode influenciar diretamente o cenário político estadual. Compreender esse contexto é essencial para entender a preocupação do governador João Azevêdo com essa eleição.

A batalha eleitoral em Campina Grande está lançada, e a habilidade de enfrentar esse desafio será um indicativo importante para o futuro político de João Azevêdo e de seu grupo.

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