Mutirão de cirurgias oftalmológicas devolve satisfação de viver e independência a pacientes

Foram 200 cirurgias de catarata realizadas em Parnaíba.

Realizar atividades simples do dia a dia, como costurar, pescar ou andar de bicicleta é algo comum para a maioria das pessoas, mas representa uma rotina de dependência e limitações para quem perdeu a visão ou tem problemas de vista. A esperança de voltar a enxergar normalmente era o sentimento que tomou de conta de muitos pacientes que participaram do mutirão de cirurgias de catarata realizdo no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), em Parnaíba, no último final de semana. Cerca de 230 pacientes de cinco municípios do Território da Planície Litorânea foram atendidos com procedimentos em cirurgias gerais e de catarata.

Foi assim com Antônia Manoel de Sousa, costureira na comunidade Baixa do Carpina, de Luís Correia, que já não mais trabalhava, mas acredita que, depois da cirurgia, voltará a costurar, ofício que lhe garantia grande parte da renda da família. “Acredito que depois da cirurgia, muita coisa vai mudar em minha vida. Tenho sofrido muito; tem dia que sinto como se tivessem jogado areia em meus olhos. Mas tenho muita fé que tudo dará certo e a vida vai mudar, pra melhor”, avalia.

Do mesmo modo, o pescador Raimundo Nonato da Conceição, e o vendedor ambulante, João Batista Vieira, foram submetidos à cirurgia para voltar a enxergar e viver com mais independência. “Minha função era vender lanche na rua mas, hoje, até pra andar de bicicleta está difícil. Não enxergo mais”, declara seu Raimundo Nonato, dizendo-se emocionado pela notícia que recebeu de que tinha chegado sua vez de fazer uma cirurgia que esperava há mais de seis meses.

Projeto
O projeto de cirurgias eletivas que está sendo executado pela Secretaria de Estado da Saúde tem uma meta de realizar pelo menos duas mil cirurgias, com um investimento de R$ 3,8 milhões até o final do ano. “Com mais essa etapa, estamos chegando a mais de 1700 cirurgias realizadas, certamente atingiremos a meta. Mas queremos mais, queremos zerar a fila, por exemplo, de catarata, que temos cerca de sete mil pacientes esperando”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto.

O gestor garante que o projeto que será realizado também em 2018, pois já tem parte dos recursos assegurados através de uma emenda parlamentar do deputado federal Assis Carvalho, no valor de R$ 5,5 milhões e já recebeu afirmativa do ministro da Saúde, Ricardo Barros, com a garantia de repasse dos recursos necessários para zerar a fila de cirurgias oftalmológicas no Piauí.

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