Nascido em 7 de novembro de 1928, em Havana, Puentes era conhecido na Europa e na América Latina por sua maneira de fundir o jazz e a salsa, dando-lhes um estilo pessoal que manifestaria em seus mais de 200 álbuns.
O trompetista deixou seu país natal no início dos anos 50 para fazer uma excursão de um ano pela Europa e Oriente Médio mas, após o organizador da viagem deixar os músicos desamparados, ele se instalou na França, onde viveu até a sua morte.
“Quando fazia jazz, meus compatriotas me diziam que eu já não era cubano, senão um homem do jazz. Mas eu lhes digo que sou músico, e tento integrar nas minhas músicas influências europeias e africanas”, afirmava Puentes, que caracterizava sua música como “plural”, ressaltou o jornal Le Monde em seu site.
Ao longo da carreira, Puentes acompanhou outros músicos e cantores de renome como Sylvie Vartan, Michel Delpech, Claude François, Nino Ferrer, Joe Dassin e Eddy Mitchell. Seis décadas depois de chegar a Paris, Puentes afirmou que a França tinha se tornado seu país de adoção e, em 2012, decidiu percorrer o país em uma última turnê de agradecimento para divulgar o seu álbum Gracias.
O seu último concerto aconteceu em julho de 2015, como convidado do festival Tempo Latino, em Vic-Fezensac, no sul da França.
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