Grupo de bordado do Bujari lança sua primeira coleção na Expoacre

Há três meses um grupo de 25 artesãos do Bujari foi convidado pela primeira-dama Marlúcia Cândida a vivenciar a arte do bordado. O resultado de toda a produção será conhecido em breve com o lançamento da primeira coleção denominada Fauna e Flora, na Expoacre.

Batizado de Helicônias, o grupo está desenvolvendo um mostruário com guardanapos de mesa, lençóis, toalhas de mesa, panos de prato, além de peças de vestuário.

A coleção apresenta um forte traço da identidade amazônica com desenhos inspirados na fauna e na flora criados pelo artista Enock Tavares. Araras, garças, papagaios, helicônias, peixes e outros desenhos compõem a coleção.


Para produzir as peças, o grupo se reúne nas tardes de terças e quintas-feiras na residência da artesã Poliana Guimarães, coordenadora do Helicônias.

O projeto tem a consultoria da artesã Vera Lúcia da Silva, da cooperativa de artesanato Amazônica Paiol.
“A ideia que a primeira-dama teve de resgatar as bordadeiras tem gerado bons frutos e só temos que agradecer. O grupo cresceu e em breve já estaremos lançando nossa primeira coleção. Além de revitalizar essa arte iremos agregar valor e renda para as nossas famílias”, disse Poliana.

Por sua importância na cultura e pelo que pode movimentar na economia, o projeto com o bordado visa a expansão para outras cidades. A iniciativa com o bordado é coordenada pelo gabinete da primeira-dama e governo do Estado, por meio da secretaria de Pequenos Negócios (SEPN).

“Um simples projeto pode revelar muitas coisas boas. O grupo se apaixonou pela arte do bordado. A ideia de a coleção trazer a nossa identidade com a marca de um artista local é muito interessante. As peças estão lindas e com certeza trará um resultado positivo com a comercialização das peças na Expoacre”, comentou Marlúcia Cândida.

Vivenciando a arte do bordado

Bordeira Maria da Silva diz que ao fazer uma peça relembra os encontros de bordado na sua terra natal (Foto: Rose Farias)

Natural de Beberibe, Ceará, a bordadeira Maria da Silva Costa, 69 anos, chegou ao Acre em 1975, com 27 anos. Ela conta que aos poucos foi deixando de bordar, e agora, com o grupo foi a oportunidade de relembrar dos encontros de bordado na sua terra natal, fazer amigos e adquirir um novo aprendizado.

“Já me aposentei e participar do grupo é uma forma de me alegrar com a vida. Não sei nem explicar a sensação que sinto, é tão maravilhoso, que quando estou bordando me faz lembrar dos tempos que morava no Ceará. É muita felicidade”, disse.

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