Cúpula do G20 começa em Hamburgo em meio a protestos

Hamburgo - Alemanhã- Foto de família G20. Fotos: Beto Barata/PR

Começou na manhã de hoje (7) em Hamburgo a Cúpula do G20, grupo que reúne os líderes das principais economias do mundo, em meio a protestos que já deixaram mais de uma centena de feridos. A informação é da Agência Télam.A primeira reunião é focada no no combate ao terrorismo. Em seguida, na mesa de negociações, estarão em pauta os dois assuntos mais espinhosos, devido à falta de consenso com os Estados Unidos: o livre comércio e a luta contra as mudanças climáticas.

A chanceler alemã, Angela Merkel, anfitriã do encontro, recebeu seus convidados, entre eles o presidente dos Estados Unidos Donald Trump, no centro de convenções da cidade, que está tomada por policiais para garantir a segurança das delegações, segundo a Agência EFE.

A polícia de revolta alemã usa canhões de água contra manifestantes durante as manifestações durante a cimeira do G20 em Hamburgo, na Alemanha [Fabrizio Bensch / Reuters]

Protestos

O encontro acontece em meio a protestos, que ontem (6) resultaram em 111 policiais feridos e 44 manifestantes presos. O protesto foi realizado por jovens encapuzados, com o lema “Benvindos ao inferno”. Hoje, a polícia voltou a usar canhões de água para dispersar os que tentavam bloquear o acesso à cúpula.

Também houve protestos em frente a residência em que Donald Trump está hospedado, que impediram que sua esposa, Melania Trump, pudesse sair do edifício. “Até agora, a polícia não nos deu um OK em relação à segurança para podermos deixar a residência”, declarou um porta-voz da primeira-dama, que participaria de um encontro de esposas e maridos dos governantes.

Carta do papa

O papa Francisco enviou hoje uma carta a Merkel, com uma mensagem aos líderes que participam do G20, em que pede “soluções não traumáticas” para a questão das migrações. “Lamentavelmente, o drama das migrações, inseparável da pobreza e acentuado pelas gerras, é uma prova de que não existem soluções imediatas e totalmente satisfatórias para os problemas mundiais”.

Francisco também pediu a redução dos níveis de conflito e do uso de armas. “É possível implementar processos capazes de oferecer soluções progressivas e não traumáticas que conduzam, em tempos relativamente breves, a uma livre circulação e à estabilidade das pessoas, que sejam vantajosas para todos”, afirmou na carta solicitada por Merkel no último encontro que tiveram, em junho.

Hamburgo 07/07/2017 – Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos da América, cumprimenta o presidente russo, Vladimir Putin no encontro do G20. Foto: Bundesregierung/Kugler

Trump e Putin já tiveram aperto de mão, encontro acontece ainda hoje

O primeiro encontro entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, é aguardado com expectativa. A imprensa internacional acompanha os movimentos de ambos os líderes que devem se reunir hoje (7) ao longo do dia durante a Cúpula do G20, em Hamburgo, na Alemanha. A agência France Presse divulgou que os dois já se cumprimentaram hoje com um aperto de mão na cúpula.

A expectativa de ambas as partes é alta segundo interlocutores dos dois países. Do lado americano,  o presidente Donald Trump enfrenta acusações de que antigos membros de sua equipe teriam tido contato com altos funcionários da Rússia. O FBI investiga desde o ano passado a interferência de hackers russos nas eleições, o que segundo o relatório do FBI teria prejudicado a ex-candidata Hillary Clinton na disputa eleitoral com Trump.

O próprio Trump foi acusado de pedir que as investigações sobre a interferência russa fossem abandonadas.  Segundo o ex-diretor do FBI, James Comey, sua recusa em abandonar as investigações, teria sido o motivo de sua demissão.

Donald Trump nega as acusações, mas até o momento não houve explicações claras nem sobre as denúncias que envolvem assessores diretos dele e nem sobre a acusação de Comey sobre o pedido de interrupção das investigações.

Ontem (6) Trump admitiu que a Rússia pode ter interferido nas eleições, mas procurou minimizar a importãncia do fato ao dizer que “outros países” também podem ter feito isso.

Trump enfrenta pressões internas por uma “resposta” com relação a interferência russa. Por outro lado a Rússia já sinalizou que quer a normalização do diálogo. Segundo o chanceler russo, Serguei Lavrov, a “Rússia anseia um reinício para as tensas relações”.

O ponto mais crítico na era Trump foi a decisão de atacar uma base militar na Síria após um ataque químico em abril. A Rússia que é aliada do governo sírio não gostou e na época disse que aquele era o “pior momento das relações.”

Ambos os países têm divergências para combater o grupo extremista Estado Islâmico.

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