Câncer é sinônimo de infertilidade?

É possível passar pelo tratamento da doença e ter filhos

Estou com câncer. Nunca mais poderei ter filhos? Essa pergunta representa o temor de muitas mulheres e, também, de homens que deparam-se com o diagnóstico de câncer. E ela é pertinente no sentido que o tratamento da doença pode, sim, implicar em danos nos órgãos reprodutores femininos e masculinos, causando infertilidade. “São diversos os motivos que podem levar à infertilidade: a necessidade de retirar cirurgicamente ovários e testículos, bem como a radioterapia, que destrói as células-tronco que originam os gametas masculinos e femininos. Quimioterapia em altas doses também pode produzir efeito parecido, comprometendo a fertilidade do paciente”, afirma Dr. Amândio Fonseca, médico oncologista da Oncomed-BH.

Mas câncer não é sinônimo de infertilidade, isso dependerá da idade, do sexo do paciente, do tipo de tratamento e da doença. “Ao tratar indivíduos jovens com a prole ainda não estabelecida é importante, caso seja possível, priorizar tratamentos que preservam a fertilidade”, explica o oncologista.

Porém, nem sempre isso é possível. Nesse caso, entram em discussão formas de garantir a preservação da fertilidade, por meio de congelamento de semêm ou embriões. Dr. Amândio expõe que, nesse momento, é preciso sensibilidade do médico para expor ao paciente quais as chances de se tornar infértil para que ele decida sobre a realização de procedimentos de preservação da fertilidade.

Se a opção do paciente for pela preservação, o próximo passo será a coleta dos gametas. “Usualmente essa coleta é feita de 2 a 3 semanas, antes do inicio da terapia. Esse tempo não compromete os resultados do tratamento, na maioria dos casos”, finaliza.

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