Campanha do Servas distribui agasalhos e cobertores a pessoas em situação de vulnerabilidade social

Pouco mais de 615 peças foram entregues à Pastoral de Rua, na capital, nesta terça-feira. Campanha #CalorHumano continua até o fim de agosto

 

Os termômetros registram temperaturas cada vez mais baixas em todo o estado. Com 6,1 graus registrados na manhã desta terça-feira (4/7), por institutos com o PUC Minas TempoClima e o Nacional de Meteorologia (Inmet), Belo Horizonte chegou a ser apontada, nesta data, como a capital mais fria do Brasil.

Justamente para atender a população em situação de vulnerabilidade social e garantir a proteção contra as baixas temperaturas, o Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), realiza, desde 2015, a campanha #CalorHumano. E, na tarde desta terça-feira (4/7), em mais uma etapa da estratégia social, foi possível entregar pouco mais de 615 peças, entre agasalhos e cobertores, para a Pastoral de Rua, no bairro Lagoinha, na capital, para atender as pessoas que vivem nas ruas desta região.

“Agradecemos a todos que doaram uma peça de inverno do guarda-roupas para ajudar a deixar mais confortável o inverno de quem não tinha como se aquecer, e a cada apoiador que nos ajudou com a disponibilização de pontos de coleta. Recebemos agasalhos e cobertores em ótimo estado, e milhares de pessoas estão sendo beneficiadas graças ao empenho e solidariedade de doadores e parceiros”, enfatizou a presidente do Servas, Carolina Pimentel, que realizou a entrega das peças.

Ex-morador de rua, Marcelo Antônio Rodrigues sentiu na pele a crueldade do inverno durante muitos anos. Para ele, a solidariedade é fundamental para amenizar o sofrimento de quem vive nas ruas, sobretudo durante o período de temperaturas mais baixas.

“O que eu aprendi vivendo na rua foi isso: a solidariedade. Só através dela a gente consegue ajudar o próximo. O pouco que tenho, tento compartilhar. Por isso, essas doações são tão importantes para quem tem tão pouco”, afirmou.

A campanha #CalorHumano continua até o fim de agosto deste ano. São mais de 50 locais espalhados por toda Belo Horizonte e Grande BH.

Nas ruas

De acordo com o Terceiro Censo de População em Situação de Rua e Migrantes de Belo Horizonte, realizado em 2014, 1.827 pessoas viviam nas ruas da capital. Elas estavam nas calçadas, praças, embaixo de viadutos, em terrenos baldios ou pernoitando em instituições de apoio como albergues, abrigos e repúblicas. Esse contingente equivalia a 0,074% da população do município e variou 57% desde o segundo censo de 2005.

A pesquisa apontou que a população abordada é formada, predominantemente, por homens (86,8%) e a idade média da amostra foi de 39,6 anos. Mais da metade dessa população (67%) estava na faixa etária compreendida entre 31 e 50 anos indicando um envelhecimento da população em situação de rua quando comparado aos censos anteriores. Nas extremidades da distribuição etária, as proporções encontradas foram relativamente menores (11,3% na faixa de 18 a 25 anos e 9,9% na faixa acima de 55 anos).

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