Banco de Brasília anuncia resultados de 2016

O BRB – Banco de Brasília S.A., sociedade de economia mista, cujo acionista majoritário é o Governo de Brasília, anuncia seus resultados do exercício findo em 31 de dezembro de 2016 (2016). Todas as informações operacionais e financeiras a seguir, exceto quando indicado de outra forma, são apresentadas em Reais, de acordo com as práticas contábeis no Brasil, aplicáveis a instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

Destaques do Período

Destaques do Resultado

Lucro Líquido

O BRB registrou Lucro Líquido de R$ 200,5 milhões no ano de 2016, representando um crescimento de 258,9% em relação ao ano anterior, e o que proporcionou uma rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido Médio anualizado (RSPL) de 17,6%, 12,7 p.p. acima do registrado em 2015.

O resultado de 2016 é reflexo do crescimento das receitas de intermediação financeira, com a elevação do ganho com as operações de crédito; do crescimento do resultado com operações de tesouraria, da redução das provisões com devedores duvidosos e da contenção de despesas administrativas em níveis menores do que a inflação acumulada no período.

Patrimônio Líquido

O Patrimônio Líquido alcançou R$ 1,17 bilhão, apresentando crescimento de 6,8% no ano e de 7,4% no semestre.

Ativos Totais

Os Ativos Totais do BRB Múltiplo apresentaram crescimento de 1,3% em 2016 e reduziram 0,2% no segundo semestre do ano. Esta redução se justifica, em grande parte, pela queda de 13,4% no saldo de TVM e Derivativos.

Quando considerados os ativos totais do BRB Consolidado, observa-se uma redução de 0,6% no exercício de 2016 e de 1,4% no segundo semestre, impactado pelas operações de tesouraria.

Em 2016, a rentabilidade anualizada do ativo médio atingiu 1,5%, 1,1 ponto percentual maior do que no ano anterior.

Receitas da Intermediação Financeira

No exercício de 2016, a receita da intermediação financeira cresceu 6,9% no BRB Múltiplo e 8,1% no BRB Consolidado, totalizando R$2.6 bilhões e R$2.9 bilhões, respectivamente. O maior impacto provém da variação das receitas de operações de crédito.

A elevação da relação de receitas de operações de crédito sobre o saldo da carteira evidencia o ganho de rentabilidade sobre operações de crédito decorrente do giro da carteira e da revisão do valor dos ativos dentro do cenário de elevação da taxa de juros que se observou ao longo de parte do ano de 2016, antes do movimento de redução das taxas.

Outro destaque de crescimento da receita da intermediação financeira é o resultado de tesouraria, com títulos e valores mobiliários. No exercício de 2016, houve um crescimento de 9,9% no BRB Múltiplo e 36,7% no BRB Consolidado, decorrente, principalmente, de negociações de títulos públicos.

Despesas da Intermediação Financeira

A despesa da intermediação financeira do BRB Múltiplo apresentou redução de 4,7% em relação ao exercício de 2015, enquanto no BRB Consolidado a redução foi de 5,2%. A maior parte dessa despesa é proveniente das captações, que cresceram 4,0% no BRB Múltiplo e 3,2% no BRB Consolidado, no mesmo período. Apesar da redução das captações no banco, o aumento na despesa deve-se à elevação das taxas de juros observadas ao longo de 2016 e da indexação pós-fixada dos passivos.·.

Indicadores de Desempenho

A exemplo do ano de 2015, a economia no exercício de 2016 continuou em desaceleração, apesar de já ser possível identificar sinais de melhora na confiança do mercado e nas estimativas dos níveis de produção.

Sob a ótica do Sistema Financeiro Nacional, os bancos seguem adotando medidas restritivas ao crédito por meio do aperfeiçoamento do nível de seletividade na concessão de recursos que financiam a atividade econômica.

Apesar do cenário de incertezas, que prejudica a oferta de crédito (redução de 1,0% no BRB Consolidado), a rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio anualizado do Banco no exercício de 2016 foi de 17,6%, 12,7 pontos percentuais acima do registrado no ano anterior.

A melhora da rentabilidade se deu em função do crescimento da margem operacional, com destaque para as receitas de operações de crédito e de tesouraria; pela contenção das despesas, principalmente, despesas com provisões para devedores duvidosos e pela reversão da provisão para CSLL. Ressalta-se, ainda, que o Plano de Demissão Voluntária Incentivada – PDVI impactou o resultado, de forma não recorrente.

Considerando o lucro líquido acumulado nos últimos 12 meses em relação ao saldo médio do ativo, o ROAA do BRB Múltiplo foi de 1,5% no exercício de 2016, representando crescimento anual de 1,1 ponto percentual.

Com relação às operações de crédito, o aumento do Retorno sobre as Operações de Crédito – RSOC no BRB Múltiplo de 1,7 ponto percentual e no BRB Consolidado de 1,6 ponto percentual, ambos em 12 meses, decorreu do aumento das receitas de operações de crédito.

As despesas da intermediação financeira reduziram quando comparadas ao saldo médio do passivo, principalmente em função da redução do custo de captação.

Dado o cenário restrito ao crédito e a baixa necessidade de funding para as operações, o Índice de Liquidez Geral do Banco manteve-se praticamente estável em relação aos semestres anteriores. A estabilidade do índice evidencia que a evolução dos ativos e passivos ocorre de forma equilibrada e sustentável, preservando a solidez da estrutura patrimonial.

Operações de Crédito

A carteira de crédito do BRB, após as provisões, apresentou uma redução de 2,9% no BRB Múltiplo e de 1,0% no BRB Consolidado no exercício. No segundo semestre, reduziu 3,2% e 1,9%, respectivamente. Tais variações decorreram da retração da carteira de pessoa jurídica, enquanto a carteira de pessoa física cresceu 1,5%.

As operações de crédito do BRB Múltiplo, antes das provisões, reduziram 3,3% no exercício e 3,4% no segundo semestre. No BRB Consolidado, a redução foi de 1,4% e 2,1%, respectivamente.

O Retorno Médio das Operações de Crédito – RSOC mede a relação entre a receita gerada pelas operações de crédito com o saldo de carteira, antes das provisões. Dessa forma, considerando a receita acumulada de operações de crédito em 12 meses com o saldo médio das operações de crédito antes das provisões, observou-se que o RSOC foi de 26,6% para o BRB Múltiplo e de 27,7% para o BRB Consolidado.

Comparando ao exercício de 2015, observou-se aumento de 1,6 pontos percentuais no BRB Múltiplo e de 1,7 no BRB Consolidado, evidenciando a elevação da rentabilidade gerada pelas operações em relação ao saldo médio da carteira de crédito.

Carteira Comercial

No exercício, apesar de enfrentar um cenário adverso com o aumento da inadimplência, a carteira de crédito de pessoa física do BRB cresceu 1,0%, quando comparado ao mesmo período de 2015. As operações com PF representam 86,5% da carteira do Banco, além de apresentarem melhores indicadores de riscos e de lucratividade.

A carteira de crédito comercial no segmento Pessoa Jurídica recuou 25,25% no comparativo anual, que contribuiu para a retração da carteira comercial. O mercado de crédito pessoa jurídica foi afetado principalmente pela redução na demanda, imposta pela conjuntura econômica no ano de 2016.

Inadimplência

Em 2016, o aumento da inadimplência impôs ao sistema bancário a necessidade de maior rigor na concessão de crédito com aumento da exigência por garantias e vinculação da liberação de crédito a critérios mais rígidos, buscando a proteção de seus ativos. Nesse contexto o BRB adotou medidas saneadoras e implementou novos procedimentos para concessão do crédito, incluindo reforço de garantias, adequação de prazos, taxas e limites.

No que se refere à inadimplência, o BRB Múltiplo e BRB Consolidado apresentaram queda em seu indicador para operações em atraso superiores a 90 dias, de 0,1 ponto percentual, em 12 meses, após a remodelagem da concessão de crédito.

Estrutura de Capital

Índice de Basiléia

O Banco gerencia o capital regulamentar pautado nas diretrizes do acordo de Basileia III. O principal indicador de gestão do nível do capital do BRB é o índice de Basileia, calculado por meio da relação entre Capital (Patrimônio de Referência – PR) e o Montante dos Ativos Ponderados pelo Risco – RWA.

Ao final de 2016, Patrimônio de Referência do Conglomerado alcançou o montante de R$ 1,47 bilhão, 8,12% menor do que em 2015, frente aos ativos ponderados pelo risco (RWA) de aproximadamente R$ 9,60 bilhões. O índice de Basileia atingiu 15,26%.

O decréscimo verificado no PR é resultado dos ajustes prudenciais previstos na Resolução CMN Nº 4.192/2013 e, do reconhecimento de passivo atuarial de Plano de Benefícios BD-01 realizado nos meses de junho e dezembro/2016. Já o RWA reduziu 5,28% em relação ao mesmo período do ano anterior devido ao arrefecimento do crédito.

Alavancagem

Em outubro de 2015 entrou em vigor a Circular Bacen nº 3.748/2015, que normatizou a apuração da Razão de Alavancagem – RA. A RA é definida como a razão entre o capital Nível I (capital de maior qualidade) e o total de exposições da instituição.

Esse indicador é complementar ao requerimento mínimo de capital já existente no arcabouço prudencial. O foco primordial é evitar a alavancagem excessiva das instituições financeiras, e o consequente aumento do risco sistêmico, com impactos indesejáveis sobre a economia.

A Razão de Alavancagem do Conglomerado Prudencial no 2º semestre de 2016 foi de 7,39%. A proposta de requerimento mínimo internacional está em 3% mas o Comitê de Basileia ainda não definiu o requerimento para a RA, o que deve ocorrer até 2018, com base nas informações obtidas das instituições financeiras.

Índice de Imobilização

O índice de imobilização mede a relação entre o ativo permanente da Instituição e o seu PR. O Banco Central fixou um limite máximo de 50% do PR sob a forma de ativo permanente.

Em dezembro de 2016, o índice de imobilização registrado para o Conglomerado Prudencial BRB foi de 14,37%, contra 14,23% no mesmo período do ano anterior.

Guidance

Para o ano de 2017, apenas o indicador de Captações foi ajustado. O objetivo da alteração foi trazer maior constância e diminuir a possibilidade de influência e possível distorção provocada por depósitos e/ou saques realizados no final do período de apuração. Os demais indicadores foram mantidos de forma inalterada.

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