A consolidação da corrupção como pilar político e econômico de um povo. Principal engrenagem econômica e política de uma nação. É disso que trata o livro “2038 – A institucionalização da cleptocracia num futuro não muito distante”, da Editora Chiado, de Portugal.
O romance escrito pelo advogado Max Telesca conta a história de Lisarb – Brasil ao contrário, um País onde a reversão de valores culminou na fixação de um novo pacto social, a Doutrina da Aceitação. Essa concertação nacional fictícia, conduzida pelo personagem Lucas, intitulado “Líder Maior e Grande Companheiro”, traz contornos de realidade que a aproxima de muitas nações, inclusive do Brasil, principalmente no atual momento político.
Em 2038 “tudo é normal, pois todo mundo faz”. Além de legalizar a corrupção, Lisarb solucionou com a mesma criatividade outros problemas, como a violência urbana, por exemplo, ao regularizar os esquadrões da morte e considerar “não-pessoas” os latrocidas, homicidas e os traficantes de drogas.
O autor
Telesca foi advogado do PT em Brasília, assessorou o partido em diversas frentes e atuou com próximo a alguns nomes de peso da legenda. Durante o julgamento do Mensalão, citou Cazuza na defesa de um dos réus, que terminou absolvido. “Senhor procurador, sua piscina está cheia de ratos. Suas ideias não correspondem aos fatos”, disse.
O lançamento oficial de 2038 acontecerá em Brasília (23/8), na Livraria Cultura do Shopping Casa Park, a partir das 19h; e em Porto Alegre (RS), na Palavraria Livraria e Café (3/9).
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