Visão subnormal: acessórios maximizam visão remanescente

A visão é um dos sentidos mais importantes. As atividades básicas do dia a dia dependem de boa acuidade visual, mas há pessoas que em função de patologias congênitas ou adquiridas ao longo da vida apresentam baixa visão ou visão subnormal. Diferente da cegueira, o portador de baixa visão consegue enxergar, ainda que muito pouco, com o auxílio de acessórios. Não existe tratamento capaz de reverter à perda de visão de pessoas diagnosticadas com visão subnormal, mas é possível maximizar a visão remanescente.

De acordo com o oftalmologista Hilton Medeiros, da Clínica de Olhos João Eugênio, a perda da visão central é a característica mais frequente da visão subnormal, no entanto, a patologia pode ser consequente da diminuição da visão periférica, da diminuição para cores, da incapacidade para definição adequada da visão de contraste ou foco visual.

Pessoas de qualquer idade podem apresentar o problema. “Nas crianças, doenças congênitas como a catarata, o glaucoma e a atrofia podem causar visão subnormal, assim como alguns casos de prematuridade. Já nos adultos, a patologia pode ser causada pelo diabetes, descolamento de retina, catarata, Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), glaucoma e traumas oculares”, explica o oftalmologista, lembrando que entre os idosos, a Degeneração Macular Relacionada à Idade é a maior causa.

A visão subnormal é caracterizada quando a visão é insuficiente para a realização das tarefas comuns do dia a dia, mesmo com o uso de óculos, lentes de contato ou após a realização de cirurgias. Para um diagnóstico mais preciso realiza-se o teste de Snellen. “Neste teste, enquanto uma pessoa com visão normal consegue enxergar letras que estão a 20 metros, uma pessoa com baixa visão normalmente só enxerga estas mesmas letras a 6 metros de distância. Isto, mesmo com o auxílio de óculos, lentes de contato e após correções cirúrgicas”, esclarece Hilton Medeiros.

O tratamento da visão subnormal visa maximizar a visão remanescente, propiciando melhor qualidade de vida. Os recursos mais adequados variam de acordo com cada caso.  Podem ser utilizados auxílios ópticos, não ópticos e eletrônicos.

Os auxílios ópticos são divididos entre aqueles que são utilizados para facilitar a visualização do que está perto e aqueles usados para avistar o que está longe. Ampliadores de imagem, como lentes e lupas, possibilitam a realização de tarefas como a leitura, escrita e outras atividades que necessitam de proximidade do objeto. Para enxergar objetos distantes, como placas de trânsito, pode-se fazer uso de telelupas ou de telescópios. Programas de informática de ampliação e sistemas de magnificação eletrônica também podem melhorar a qualidade da visão.

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