“É preciso desmistificar o assunto, mostrar que pode acontecer com qualquer pessoa e que tem tratamento. Muitas pessoas têm vergonha ou dificuldade de identificar os sinais e assim a doença demora a ser diagnosticada”, aponta a psicóloga da Secretaria de Saúde, Marina Fernandes do Prado.
Neste sentido, a secretaria em parceria com o Conselho Regional de Psicologia, tem desenvolvido ações nas salas de espera dos serviços de saúde da rede pública do DF. “Profissionais aparecem repentinamente e começam a abordar a temática com as pessoas que estão esperando por atendimento”, complementa Marina. Ela acrescenta, ainda, que a temática escolhida foi a saúde mental no trabalho.
“Uma das maiores causas de afastamento de trabalho atualmente são os transtornos mentais, como a depressão e a ansiedade, que também leva à síndrome do pânico”, explica. O tema, inclusive, será abordado em palestra a servidores da Secretaria de Saúde na próxima sexta-feira (26), a partir das 9h.
ATENDIMENTO
Para quem se identifica entre os sintomas relacionados à depressão e à ansiedade, o primeiro passo dentro da rede pública de saúde é buscar uma unidade básica de saúde. “Os profissionais estão habilitados para identificar o problema e dar os encaminhamentos necessários”, frisa a psicóloga.
Quando é preciso tratamento, a rede conta com centros de atenção psicossocial, além do Instituto de Saúde Mental.
CAMPANHA
Criada em 2014, em Minas Gerais, a campanha Janeiro Branco chama a atenção para os cuidados com a saúde mental da população. A iniciativa ganhou peso nacional e tem apoio do governo de Brasília.
Janeiro foi escolhido para a campanha por ser um marco de recomeço, assim como a cor branca, que simboliza uma folha de papel nova. A campanha ainda visa tirar o estigma sobre os transtornos mentais, como o receio de procurar um psicólogo para conversar sobre alguma perda ou desconforto.
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