A decisão do ministro do STF foi baseada em um pedido da defesa dos irmãos Joesley e Wesley Batista, proprietários da J&F, que buscam renegociar o acordo
Da Redação
Na noite de segunda-feira (05), a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou um recurso contra a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que suspendeu o pagamento da multa referente ao acordo de leniência da empresa J&F.
A suspensão da multa, no valor de R$ 10,3 bilhões, foi determinada por Toffoli em dezembro, aguardando que a empresa analise todas as mensagens obtidas pela Operação Spoofing.
A decisão do ministro do STF foi baseada em um pedido da defesa dos irmãos Joesley e Wesley Batista, proprietários da J&F, que buscam renegociar o acordo.
A Operação Spoofing, iniciada em 2019, investiga a atuação de hackers que teriam vazado supostas conversas de autoridades, incluindo procuradores e juízes da Lava Jato.
No recurso apresentado ao STF, a PGR argumenta que não há relação entre a questão das mensagens da Spoofing e o pedido da J&F, uma vez que o acordo de leniência com a empresa não foi firmado pela força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.
Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, o caso da J&F não deveria ter sido direcionado a Toffoli, mas sim distribuído entre todos os ministros do STF.
A PGR solicita que o caso seja redistribuído para um novo relator e que a decisão de Toffoli seja suspensa até a análise do novo relator no STF. Além disso, a PGR pede que Toffoli reconsidere sua decisão ou leve o recurso a julgamento no plenário da Corte. A questão agora aguarda decisão do STF.
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