Operação ‘Polícia nas Ruas’ ocupa quatro bairros de Belém

O governador do Pará, Simão Jatene, ordenou o reforço do contingente que atua no policiamento preventivo e ostensivo nas ruas de Belém. A partir de agora, o efetivo operacional terá o apoio de mais 260 policiais militares, que hoje desempenham funções administrativas, e dos grupos especiais: Batalhão de Choque, Ronda Tática Metropolitana (Rotam), Cavalaria e Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp).

A primeira operação já foi deflagrada na noite desta quinta, 8. A ação “Polícia nas Ruas” intensificou o policiamento nas áreas dos bairros Condor, Guamá, Jurunas e Cremação.

O início do trabalho foi anunciado no final da tarde desta quinta-feira, 8, durante coletiva de imprensa na sede da Secretaria de Segurança Pública do Estado (Segup), onde estiveram presentes o titular da pasta, general Jeannot Jansen; o comandante geral da PM do Pará, coronel Hilton Benigno, e o delegado geral da Polícia Civil do Pará, Rilmar Firmino.

“Lamentamos imensamente o ocorrido, tanto pela gravidade quanto pelo impacto causado na sociedade. Foi um ato fora do comum, inaceitável e que merece uma resposta imediata e à altura por parte do sistema de segurança pública, como a população espera e merece. Por isso, o governador nos convocou imediatamente para uma reunião e nos cobrou um planejamento de urgência para enfrentar essa situação”, detalhou Jeannot Jansen.

O comandante da PM, Hilton Benigno, reforçou o pedido. “Vamos diminuir a quantidade dos policiais na ‘atividade meio’ para colocá-los nas ruas, intensificando o policiamento ostensivo, a partir de amanhã. Além disso, determinamos que o Comando de Missões Especiais utilize todas as tropas nas ações de repressão qualificada que serão desenvolvidas nos bairros de maior incidência de homicídios já a partir de hoje e por tempo indeterminado. O governador autorizou também a locação de mais veículos para as rondas táticas, que estarão nas ruas da capital”.

Ainda de acordo com o coronel Hilton Benigno, uma operação realizada esta semana mostrou que a PM do Pará tem total condição de responder aos anseios da população. “A estratégia é feita de acordo com a mancha criminal, não trabalhamos com ‘achismos’. Nós concentramos os esforços onde há maior incidência de delitos. Entendemos que a população precisa se sentir mais segura, por isso aumentamos o efetivo. Na semana passada realizamos uma operação para coibir assaltos na área central de Belém, pois os números desses delitos haviam crescido muito, e conseguimos o nosso objetivo. Chegamos a zerar as ligações que davam conta dessa prática feitas ao Ciop”, detalhou.

Investigações

O delegado geral da Polícia Civil, Rilmar Firmino, afirmou que é necessário ter muita cautela nas investigações das mortes ocorridas no bairro da Condor. “Foi uma ação bastante coordenada, muito rápida (não durou mais do que quatro minutos), com a utilização de três veículos. Além disso, observamos que não havia um alvo específico, tanto que o resultado foi de total terrorismo. A investigação é complexa e o tempo que pode durar nós não temos como prever, pois são muitos atores envolvidos – Polícia Civil, Ministério Público, Poder Judiciário, perícia, medidas cautelares – e não podemos errar. Temos que buscar a materialidade das provas para então termos um resultado concreto”, explicou.

O caso – Na última segunda-feira (5), cinco pessoas foram mortas na Rua Nova II, no bairro da Condor, em Belém, enquanto assistiam a um jogo de futebol em um bar. As vítimas foram atingidas por tiros disparados de três veículos.

Três homens morreram no local e uma quarta vítima veio a óbito depois de dar entrada em um Pronto-Socorro. Além disso, outras 14 pessoas ficaram feridas, dentre elas duas crianças que teriam sido baleadas no pé e na cabeça, segundo os familiares.

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