Lula cobra maior engajamento político de ministros em meio à crise e ataca Alckmin e Haddad

Presidente pede mais agilidade e diálogo durante cerimônia no Palácio do Planalto com críticas direcionadas ao ministro da Fazenda e ao vice-presidente

Da Redação

Em meio à crise com o Congresso Nacional e à queda de popularidade do governo, o presidente Lula (PT) fez um apelo nesta segunda-feira (22) por maior engajamento político de seus ministros. Durante uma cerimônia no Palácio do Planalto para o lançamento de um programa de concessão de crédito, Lula pediu que seus ministros fossem mais ágeis e passassem mais tempo dialogando com parlamentares.

As críticas de Lula foram direcionadas principalmente ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB). Lula solicitou que Alckmin fosse mais ágil em suas ações e que Haddad dedicasse menos tempo à leitura e mais tempo às discussões com os parlamentares.

“Isso significa que o Alckmin tem que ser mais ágil, tem que conversar mais. O Haddad, ao invés de ler um livro, tem que perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara. O Wellington Dias, o Rui Costa, passar a maior parte do tempo conversando com a bancada A, com a bancada B”, afirmou Lula durante seu discurso.

Embora respalde a articulação política de seu governo, ela tem enfrentado críticas no Congresso Nacional, com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), expressando descontentamento com o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), a quem descreveu como “desafeto pessoal” e “incompetente”.

Embora Padilha estivesse presente no evento, não foi mencionado diretamente por Lula. No entanto, há críticas por parte do bloco centrão, que o acusa de não cumprir promessas e compromissos feitos com os parlamentares.