Idosos se tornam protagonistas de startups de economia compartilhada

A dificuldade de acompanhar os avanços da tecnologia não tem impedido que idosos, com 60, 70 anos, ingressem na economia compartilhada através de serviços online. A chamada economia do compartilhamento, torna-se para senhores de idade mais do que uma forma de complementar renda, mas uma forma de conhecer novas pessoas e se manter ativo.

Dados levantados pelo Airbnb.com, plataforma que conecta usuários de mais de 190 países para aluguel de quartos e apartamentos por temporada, mostram que o número de anfitriões com mais de 60 anos no Brasil mais que dobrou entre maio de 2015 e maio de 2016.

O Dinneer.com passou pelo mesmo salto, com um aumento de 300% no cadastro de idosos e 65% nas reservas feitas com anfitriões de idade. Flavio Estevam, criador do serviço confessa: “fomos pegos de surpresa em um primeiro momento, pela quantidade de maiores de 60 anos se cadastrando e pelo alto volume de reservas que eles têm, mas faz sentido pelo apelo que a comida de avó tem nas pessoas”.

O volume está tão intenso que atendentes do Dinneer.com realizaram um treinamento específico para auxiliá-los a se cadastrar e a lidar com os visitantes através da plataforma. A pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Ana Amélia Camarano, especialista em demografia, afirma que esse “movimento de aposentados que voltam ao mercado de trabalho por meio da prestação de serviços sempre existiu, mas essas plataformas potencializaram atividades”.

O pesquisador de Mercado de Trabalho do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) Bruno Ottoni acredita que, diante do envelhecimento da população e da necessidade de reformas da Previdência, “fatalmente os idosos vão acabar sofrendo algumas perdas com as reformas que terão de ser realizadas”

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