Mobilização cobra cumprimento de acordo de greve de 2024, com demandas por reestruturação de carreira e jornada de 30 horas
Da Redação
Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) iniciaram uma paralisação das atividades nesta segunda-feira, 5 de maio de 2025, aderindo a um movimento nacional coordenado pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação (Fasubra). A decisão, aprovada por unanimidade em assembleia geral convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior da Paraíba (Sintespb) na quarta-feira (30), marca o “Dia D de Luta” da categoria, em protesto contra o descumprimento de pontos do acordo de greve firmado com o governo federal em 2024.
A mobilização começou com um café da manhã às 7h30, em frente ao Portão Principal do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), no campus I, em João Pessoa. As principais reivindicações incluem a reestruturação da carreira dos técnico-administrativos em educação, a implementação da jornada de 30 horas sem redução salarial, a concessão do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) para todos os servidores, o reposicionamento de aposentados no Plano de Carreira e a definição de regras de transição para aceleração de carreira. A Fasubra estabeleceu 31 de maio como prazo final para o governo viabilizar as cláusulas pendentes.
Segundo o Sintespb, a paralisação visa pressionar o Ministério da Educação (MEC) e o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) a cumprir o acordo, que abrange nove pontos ainda não implementados, como o reposicionamento de aposentados e a regulamentação do RSC, adiada para abril de 2026. A Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep) da UFPB publicou a Instrução Normativa nº 01/2024, determinando que os setores informem diariamente os servidores que aderirem à paralisação, com desconto na remuneração pelos dias não trabalhados, conforme normas do MGI.
A UFPB, em nota, reconheceu a legitimidade do movimento, mas destacou que as demandas dependem do governo federal. Serviços essenciais, como os do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), seguem funcionando, conforme exigido pela Lei de Greve (nº 7.783/89). A categoria não informou a duração da paralisação, mas o Sintespb reforçou que a mobilização continuará até o atendimento das pautas.
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