União Progressista enfrenta impasse com três pré-candidatos ao Governo da Paraíba em 2026

(Foto: Zelma Brito/Wiki Commons)

Cícero Lucena, Lucas Ribeiro e Efraim Filho disputam indicação da federação, gerando tensões internas e risco de divisão política no grupo

A federação União Progressista, formada por Progressistas (PP) e União Brasil, oficializada em 29 de abril em Brasília, enfrenta desafios na Paraíba devido à presença de três pré-candidatos ao governo do estado para as eleições de 2026: o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), o vice-governador Lucas Ribeiro (PP) e o senador Efraim Filho (União Brasil). A falta de consenso sobre a liderança da federação no estado alimenta especulações de uma possível rachadura política.

Cícero Lucena, que intensifica agendas no interior, como em Patos e Jacaraú, busca consolidar sua pré-candidatura, destacando sua experiência como ex-governador, senador e prefeito. Lucas Ribeiro, apoiado pela mãe, senadora Daniella Ribeiro (PP) e o tio, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP), é visto como candidato natural caso o governador João Azevêdo (PSB) dispute o Senado, assumindo o governo interinamente. Efraim Filho, líder do União Brasil no Senado, defende seu protagonismo, apontando a força dos muitos prefeitos eleitos pela sigla em 2024.

O presidente do PP na Paraíba e avô de Lucas, Enivaldo Ribeiro, negou disputas internas, afirmando na semana passada que a escolha dependerá do cenário político. Ele destacou a boa relação com Efraim, mas enfatizou a vantagem do PP, que conta com dois deputados federais (Aguinaldo e Mersinho Lucena) contra um do União Brasil (Damião Feliciano). Efraim, por sua vez, condicionou a federação à saída do PP da base governista de Azevêdo, proposta rejeitada por Lucena, que reforçou a prioridade do PP na indicação.

A indefinição sobre o comando estadual da federação, postergada para maio pela executiva nacional, aumenta as tensões. Analistas apontam que a rivalidade pode levar quadros do União Brasil a migrarem para outras siglas, enquanto o PP aposta na filiação de prefeitos aliados de Daniella para fortalecer sua posição. A federação, que reúne 109 deputados federais e 14 senadores nacionalmente, enfrenta o desafio de unificar projetos na Paraíba para manter sua influência.

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