Ação por falsidade ideológica e formação de quadrilha é baseada em revelações sobre uso não-oficial de informações do TSE em inquéritos contra bolsonaristas, divulgadas pela Folha de S. Paulo
Da Redação
O Partido Novo apresentou, nesta terça-feira (13), uma notícia-crime à Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando a investigação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por supostos crimes de falsidade ideológica e formação de quadrilha. A ação tem como base as recentes revelações do jornal Folha de S. Paulo, que indicaram o uso de informações obtidas de forma não-oficial pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para alimentar inquéritos contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo o documento, Moraes teria cometido falsidade ideológica ao ocultar que as informações utilizadas nos inquéritos eram originadas de pedidos feitos diretamente por ele, muitas vezes por meio de mensagens no WhatsApp. O Partido Novo argumenta que essa conduta visava evitar impedimentos ou suspeições contra Moraes como relator dos inquéritos das fake news.
Além disso, a notícia-crime sugere a existência de uma formação de quadrilha envolvendo Moraes, o juiz auxiliar Airton Vieira, e Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da assessoria de combate à desinformação do TSE. O partido alega que as mensagens vazadas mostram uma quebra na ordem democrática, apontando para o que descrevem como “atividade autoritária” por parte do ministro.
A notícia-crime foi encaminhada ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, que agora deverá avaliar as alegações apresentadas pelo Partido Novo e decidir se dará início a uma investigação formal contra o ministro Alexandre de Moraes.
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