O festival Lo Fi Jazz toma conta do Museu da Casa Brasileira neste final de semana, com entrada gratuita e uma programação que mistura outros estilos musicais ao jazz.
“O festival foi pensado para mostrar todas as vertentes do jazz e como ele influenciou diversos estilos musicais”, disse o curador e criador do Lo Fi Jazz, Fábio Pie. Além disso, o objetivo é mostrar as facetas do jazz para diferentes públicos.
“No Brasil, temos uma dificuldade de transmitir isso para o público, principalmente porque ojazz é classificado como um som de elite e, na verdade, ele não é”, destacou o curador. Segundo ele, o jazz influenciou ritmos como o hip hop, a música eletrônica e a bossa nova.
Durante a manhã de hoje (21), o evento atraiu não apenas fãs do jazz, mas muitos interessados em conhecer o estilo musical. Famílias com crianças também se animaram e compareceram ao festival. O local conta com cadeiras, puffs, bar e barracas com comidas.
A primeira banda a se apresentar, o Cabaret Três Vinténs, mistura música, circo e teatro e valoriza a interação com o público. O grupo se inspira nos espetáculos de variedades que marcaram a década de 1930 em todo o mundo.
O paisagista e designer Marcelo Bellotto, 47, que já foi músico, levou o filho de 7 anos ao festival na manhã de hoje. “Tenho um filho e tento incentivar a música como uma das formas de arte, então eu o trouxe para ele poder conhecer um pouco mais da música”, disse.
Para ele, a Virada Cultural é “um programa excelente”. “[A virada] é fundamental para uma cidade, é uma obrigação, porque o povo carece de cultura”.
As bandas do festival tocam até as 22h de hoje. Amanhã, mais bandas se apresentam das 11h às 20h.
Exposições
Durante a Virada Cultural, o público também pode visitar as duas exposições de longa duração do museu, assim como a Mostra do Concurso do Cartaz, que exibe os 453 trabalhos apresentados para a edição de 2016, nas quais os visitantes poderão votar e eleger seu cartaz favorito.
Uma das exposições de longa duração é A Casa e a Cidade – Coleção Crespi-Prado, que apresenta um retrato da cidade de São Paulo entre o final do século 19 até meados do século 20, por meio de uma coleção de objetos da família dos moradores originais do imóvel que hoje abriga o Museu da Casa Brasileira, que eram Renata Crespi e Fábio Prado.
A segunda exposição é a Coleção Museu da Casa Brasileira, que traz o acervo institucional a partir de uma seleção de móveis e objetos representativos da casa brasileira desde o século 17 até os dias de hoje. A mostra é composta por mobiliário de guarda, descanso, repouso, objetos e utensílios em diversos materiais, como madeira, couro, tecido e metal.
O público pode observar de forma conjunta peças que denotam diversas influências, desde o banco Trumai, de origem indígena, até os móveis de estilo europeu. Algumas peças do designnacional integram a coleção, entre elas a poltrona Mole (1957), de Sergio Rodrigues; a cadeira Paulistano (1957), de Paulo Mendes da Rocha, vencedora do 1º Prêmio Design; e a cadeira Girafa (1987), de Lina Bo Bardi, Marcelo Ferraz e Marcelo Suzuki.
Amanhã (22), às 15h, o museu promove a atividade Conversa no Quintal, reunindo um grupo para rodas de conversa a partir de temas sugeridos por educadores ou pelo público presente, provocando reflexões sobre os novos modos de morar e o uso contemporâneo do espaço urbano.
A programação completa está no site www.viradacultural.prefeitura.sp.gov.br.
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