Adriano Galdino esquiva-se de comentários sobre a suspensão da CPI do Hospital Padre Zé, alegando redundância com investigações em curso
Na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), a proposta de instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar irregularidades no Hospital Padre Zé tornou-se um ponto de tensão e evasão, especialmente para o presidente da Casa, o deputado Adriano Galdino (Republicanos). Nesta quarta-feira (26), Galdino ofereceu uma resposta evasiva sobre a suspensão da instalação da CPI, sugerindo que a maioria dos parlamentares da ALPB não está inclinada a apoiar a medida no momento.
Segundo Galdino, a resistência à CPI advém da percepção de que, com investigações já em andamento por órgãos controladores, uma comissão parlamentar seria redundante. Ele argumenta que o objetivo principal de uma CPI seria apenas encaminhar descobertas para as autoridades já envolvidas, questionando a utilidade de duplicar esforços.
No entanto, essa visão parece ignorar um aspecto crucial das CPIs, que frequentemente operam em paralelo com investigações judiciais e não apenas complementam, mas frequentemente ampliam o escopo dessas investigações com recursos e visibilidades únicos. CPIs têm a capacidade de explorar mais profundamente as questões, mobilizar recursos legislativos e trazer uma camada adicional de escrutínio público que pode ser vital para desvendar complexas redes de corrupção e má administração.
A relutância de Galdino em seguir adiante com a CPI do Hospital Padre Zé levanta questões sobre a transparência e a responsabilidade na gestão pública. Sua postura pode ser vista como uma tentativa de evitar exposições políticas indesejadas, especialmente se a investigação puder implicar figuras influentes ou revelar falhas sistêmicas profundas dentro das estruturas de poder da Paraíba.
Este cenário deixa a população e observadores com a impressão de que a ALPB, sob a liderança de Galdino, pode estar mais interessada em manter o status quo do que em promover a accountability. A decisão de evitar a CPI, apesar dos argumentos sobre sua redundância, sugere um possível desconforto com a transparência e o rigor investigativo que uma CPI poderia trazer.
A reação de Galdino e a resistência da maioria dos deputados em instaurar a CPI no Hospital Padre Zé continuam sendo temas de debate fervoroso na Paraíba, refletindo as complexas dinâmicas de poder e os desafios enfrentados na luta contra a corrupção em escalas locais. A população, por sua vez, aguarda por lideranças que priorizem o interesse público acima das alianças políticas e que se comprometam com a integridade e a justiça. Com a palavra, Adriano Galdino.
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