Em uma das maiores assembleias realizadas pelo Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) nos últimos anos, mais de quatro mil policiais civis decidiram, por unanimidade, na tarde desta quarta, 3 de agosto, deflagrar uma paralisação total das atividades durante 48 horas. A mobilização terá início a partir das 8h desta quinta, 4, e contará com a adesão de todos os cargos da Polícia Civil do DF.
Já nesta quinta haverá mais um ato de manifestação nas imediações do Estádio Nacional Mané Garrincha, durante a partida de futebol entre Brasil e África do Sul pelos Jogos Olímpicos de 2016. Os policiais vão se concentrar no estacionamento da Administração do Parque da Cidade, ao meio-dia. Foi deliberado, ainda, que todos os policiais civis com chefia colocarão os cargos à disposição.
A mobilização da categoria é uma resposta à postura do Governo do Distrito Federal (GDF) em relação à isonomia da Polícia Civil do DF com a Polícia Federal, e agrava o movimento iniciado no dia 4 de julho, quando foi deflagrada a operação “PCDF Legal”.
Embora as conversas sobre a manutenção da isonomia tenham iniciado há mais de um ano, apenas nesta terça, 2, o GDF fez uma proposta sem formalizá-la: 7% de reajuste no final de 2017, mais duas parcelas de 10% pagas, respectivamente, no final de 2018 e de 2019. Houve rejeição imediata.
A negociação entre o governo e os sindicatos continuou durante todo o dia e se estendeu à noite, sem consenso. O GDF, contudo, ficou de enviar uma nova proposta antes da assembleia, mas até às 15h30 – os policiais esperavam desde às 14h – não houve resposta.
Durante a assembleia, deputados federais e distritais manifestaram apoio à reivindicação da categoria. A presidente da Câmara Legislativa do DF, Celina Leão, discursou à categoria e disse que, se for preciso, a pauta de votação da Casa será obstruída até que o governo faça uma nova proposta.
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