Um grupo de jornalistas de Brasília lança, nesta quarta-feira, o Movimento Independente – MI Novas Mídias. No manifesto de apresentação, o grupo explica que não pretende construir uma hegemonia, tampouco substituir esse ou aquele meio de comunicação. “Estamos aqui para ocupar o nosso espaço como alternativa e dar a nossa contribuição à informação e à sociedade”, explica.
O MI Novas Mídias não tem a pretensão de protagonismo. Não se trata de uma entidade cartorial pautada na burocracia. É um movimento político-social. “Somos livres, independentes e nosso compromisso é com a notícia e a opinião, seja ela através de blogs, portais, redes sociais, vídeos ou qualquer meio de comunicação que faça chegar informação aos cidadãos”, diz o manifesto.
Movimento Independente – MI Novas Mídias
Manifesto
Ao pensar as relações entre as novas mídias e a comunicação, forma-se uma sociedade em rede. Essa sociedade, que se desenvolve a partir das novas tecnologias, cria formas de agrupamento e de coordenação ativa.
Não viemos para construir uma hegemonia, tampouco para substituir esse ou aquele meio de comunicação. Estamos aqui para ocupar o nosso espaço como alternativa e dar a nossa contribuição à informação e à sociedade.
Quem somos? O Movimento Independente de Novas Mídias não tem a pretensão de protagonismo.
Não somos uma entidade cartorial pautada na burocracia. Somos um movimento. Não temos caciques. Somos todos iguais.
Somos livres, independentes e nosso compromisso é com a notícia e a opinião, seja ela através de blogs, portais, redes sociais, vídeos ou qualquer meio de comunicação que faça chegar informação aos cidadãos.
Qual o conceito de velha e de nova mídia?
Nesse caso, mais do que situar-nos em uma dessas definições, o importante é diferenciar duas formas de encarar essa questão. Uma delas é tecnológica, a outra é política. O velho e o novo.
A definição tecnológica trata como velha mídia os chamados meios tradicionais, especialmente os impressos, mas também televisão e rádio; e chama de nova mídia a internet, especificamente blogs e redes sociais.
Esse tipo de definição carrega problemas políticos que constroem a perspectiva excludente da mídia. Isso porque o adjetivo “velho”, especialmente quando confrontado diretamente com a ideia de “novo”, carrega forte carga negativa, como algo superado, que já não serve mais. Essa noção é equivocada.
Não consideramos isso. Todos os meios precisam se reinventar para levar a informação honesta da melhor forma e é isso que vem acontecendo.
A internet pode, sim, ser mais um caminho para atender à necessidade de obter informações.
Não é a internet que vai construir a transformação. São as pessoas, apropriando-se de todas as ferramentas e facilidades disponíveis para isso – inclusive a internet. São as pessoas que precisam mudar. É o homem novo que precisa ser construído e, a partir dele, e com ele, uma nova mídia.
Agindo sobre essas bases conceituais teremos maior capacidade de entender quem somos e o papel que podemos cumprir enquanto construtores dessa nova mídia e, com ela, de uma nova sociedade.
O MI Novas Mídias veio para contribuir neste debate!
Brasília-DF, 25 de maio de 2016
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