Meu filho tem câncer. E agora?

Quando se trata dos pequenos, a conversa é essencial e o câncer não pode ser tratado como um tabu

São nove meses de muitas alegrias e desafios e quando os olhares de mãe e filho se cruzam pela primeira vez, nasce um laço incondicional de amor. Essa ligação única é capaz de alertar sobre os perigos que cercam a criança, mas não são todos os males que o instinto materno é capaz de prevenir. Felizmente raro, o câncer infantil tem origem nas células embrionárias primitivas. A doença é complexa e requer um tratamento contínuo, que, muitas vezes, não é fácil de explicar para os pequenos.

Após o impacto da notícia, surge a dúvida sobre como falar sobre câncer com as crianças. Dra. Fernanda Tibúrcio, oncologista da Oncomed-BH, afirma que algumas formas de falar com os pequenos podem ajudar.

“Linguagem simples ajudam a elucidar sobre o tema, afinal eles podem se assustar com termos técnicos. Não deixe de ouvir os questionamentos dos pequenos e responda a todos os porquês. É preciso ser coerente em suas respostas e, se for necessário, repita as informações. Sinceridade nas respostas é fundamental”, explica.

Da mesma forma, o diálogo sobre a doença deve ser feito com os irmãos. “Eles podem ser afetados com a mudança da rotina da mesma forma que o paciente, por isso, eles também devem ser inseridos no contexto da explicação”, diz Dra. Fernanda Tibúrcio.

Também é possível exemplificar a situação por meio de histórias infantis. Dra. Fernanda explica que utilizar personagens animados pode deixá-los mais confortáveis, mas é necessário falar sempre a verdade, mostrando que é uma situação passageira. A imaginação é um aliado poderoso nessa fase. “Brinque com seu filho, presenteie ele com um boné ou lenço e finja que é um chapéu pirata, por exemplo. O objetivo é livrá-los de preconceitos acerca da doença. Utilizando a imaginação, a visita ao oncologista também pode se tornar um momento divertido. Aos poucos a criança irá entender a periodicidade da rotina médica e a alteração no andamento do seu dia a dia”, completa.

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