Viadutos do Setor Policial Sul entram na fase final de execução

Na etapa atual, equipes fazem concretagem, drenagem e terraplenagem das vias; estruturas tiveram investimento de R$ 9,1 milhões e geraram 150 empregos

As obras dos dois viadutos da Estrada Setor Policial Militar (ESPM), no fim da Asa Sul, atingiram 80% de execução em abril. As equipes estão trabalhando para entregar a construção no segundo semestre deste ano, conforme previsão da Secretaria de Obras e Infraestrutura.

Segundo o subsecretário de Acompanhamento e Fiscalização da pasta, Ricardo Terenzi, as obras entraram na fase final dos serviços. “A laje dos viadutos será concretada ainda em maio. Ao mesmo tempo, estão sendo feitos os serviços de drenagem e terraplenagem das vias”, afirma.

De acordo com Terenzi, os novos viadutos devem aliviar o trânsito na região, sobretudo nos horários de pico. Mais de 20 mil motoristas trafegam no local diariamente.

A construção gerou 150 empregos diretos e indiretos

No projeto, os viadutos são identificados como 62 e 63. O 62 ficará na alça de acesso da ESPM ao Eixo W, conhecido como “eixinho de cima”, com 8 m de altura, 33 m de comprimento e 19 m de largura. Já o outro viaduto, nomeado 63, localizado na alça de acesso ao Eixo Rodoviário Leste (ERL), sentido L4, também terá 8 m de altura, 29 m de comprimento e 15 m de largura. Cada um deles terá duas faixas de rolamento.

Atualmente, no viaduto 63, ocorre o fechamento das formas e preparação para concretagem das vigas, enquanto o viaduto 62 já chegou à fase da concretagem dos guarda-rodas (barreiras modulares de concreto usadas para separar faixas de tráfego). O engenheiro da construção, Gabriel Cardoso, explica a ordem dos serviços para a conclusão da obra:

“No 63, depois da concretagem das vigas, vem a concretagem dos guarda-rodas, que é a fase atual do 62. Posteriormente, vamos fazer a concretagem das lajes de transição dos viadutos, terraplanagem para implantação do pavimento rígido e pavimentação das vias. Quando chegarem a essa parte, as obras já estarão praticamente prontas para o trânsito”.

O maranhense Elis Antônio, 29 anos, veio para Brasília a fim de trabalhar como carpinteiro: foi contratado para fazer parte da equipe que constrói os viadutos

As obras mobilizaram R$ 9,1 milhões de investimento. O objetivo é aumentar a mobilidade urbana do Distrito Federal e integrar o Corredor Eixo Oeste, que interliga o Sol Nascente ao Plano Piloto. Foram gerados cerca de 150 empregos diretos e indiretos.

Um dos contratados foi o maranhense Elis Antônio, 29 anos, que veio ao DF para trabalhar como carpinteiro, em dezembro do ano passado. Ele estava desempregado e foi convidado a fazer parte da equipe. “Aqui, faço tudo relacionado a carpintaria e ajudo no que mais precisar”, conta. “É muito trabalho, mas acho que os viadutos vão ficar muito bons”.

José Antonio Irmão, 61 anos, nasceu em Recife (PE) e também chegou à capital federal exclusivamente para trabalhar nas obras da ESPM. Chefe da equipe de ferragens, composta por ele e mais oito pessoas, José acumula 28 anos de experiência por todo o Brasil. Já passou por São Paulo, Minas Gerais, Sergipe e Bahia. Para ele, os viadutos do DF vão melhorar o tráfego local: “Todos os dias, no final da tarde, tem engarrafamento por aqui. É um trânsito bem pesado, em todos os sentidos, e os viadutos vão ajudar a diminuir isso”.

Recuperação da via

Além da construção dos dois viadutos, a Secretaria de Obras e Infraestrutura encomendou a recuperação da ESPM. O contrato, no valor de R$ 47,9 milhões, prevê a execução de pavimentação, drenagem, sinalização, paisagismo, calçadas, ciclovias e bacia de detenção. A obra deve chegar à etapa final no primeiro semestre de 2023.

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