Em 12 meses valor acumulado é R$ 280,2 bilhões, diz Banco Central
As estatísticas fiscais divulgadas pelo Banco Central mostram que as contas públicas do Brasil encerraram maio de 2024 com um déficit de R$ 63,9 bilhões, um aumento em relação aos R$ 50,2 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior. Os déficits foram distribuídos entre os governos central, regionais e empresas estatais, totalizando R$ 60,8 bilhões, R$ 1,1 bilhão e R$ 2,0 bilhões, respectivamente.
O déficit primário, que reflete as despesas menos as receitas do setor público, excluindo os juros da dívida pública, acumulou R$ 362,5 bilhões entre janeiro e maio de 2024, equivalente a 7,83% do Produto Interno Bruto (PIB). No mesmo período de 2023, o déficit foi de R$ 268 bilhões, correspondendo a 6,11% do PIB.
No acumulado em 12 meses até maio, o déficit público consolidado atingiu R$ 280,2 bilhões, ou 2,53% do PIB, representando um aumento de 0,11 ponto percentual em comparação aos 12 meses encerrados em abril.
Os gastos do setor público não financeiro com juros nominais em maio de 2024 totalizaram R$ 74,4 bilhões, contra R$ 69,1 bilhões em maio de 2023. Em 12 meses, os juros nominais acumulados alcançaram R$ 781,6 bilhões, correspondendo a 7,04% do PIB.
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, registrou um déficit de R$ 138,3 bilhões em maio de 2024. No acumulado em 12 meses, o déficit nominal alcançou R$ 1,062 trilhões, ou 9,57% do PIB.
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) subiu para 62,2% do PIB em maio de 2024, representando um aumento de 0,7 ponto percentual em relação ao mês anterior. A Dívida Bruta do Governo Geral chegou a 76,8% do PIB, um incremento de 0,5 ponto percentual em relação ao mês anterior.
Esses dados refletem os desafios fiscais enfrentados pelo Brasil, evidenciando a necessidade de políticas que visem o equilíbrio fiscal e a sustentabilidade da dívida pública no médio e longo prazo.
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