Sergipe recebe certificado internacional de área livre da Peste Suína

Sergipe recebeu certificação internacional de área livre da Peste Suína Clássica (PSC). O documento habilita o estado a exportar a carne suína com menos burocracia. A concessão do certificado foi realizada pela Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE) nesta quinta-feira, 26, em Paris, na França, durante a 84ª Sessão Geral da OIE.

O reconhecimento internacional é fruto do trabalho do Governo do Estado, por meio da equipe de Defesa Animal da Emdagro. A inclusão do estado no relatório encaminhado à Organização Mundial se deu após edição da Instrução Normativa nº 27, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que estabeleceu novas regras de trânsito de suínos, seus produtos, subprodutos e material genético. O Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura encaminhou à OIE um relatório pleiteando, junto àquele organismo, a classificação de 13 estados mais o Distrito Federal como área livre da Peste Suína Clássica sem vacinação.

Sergipe já possuía a certificação nacional de área livre da doença, reconhecida pelo Ministério, porém, vinha pleiteando o reconhecimento junto à OIE. “Esse reconhecimento só demonstra a eficácia do trabalho desenvolvido pela Emdagro, que é um órgão do Governo do Estado, vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pesca, na área de defesa animal”, declarou o presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza de Carvalho.

Além de Sergipe, outros 12 estados mais o Distrito Federal também receberam a certificação: Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins, assim como os municípios de Guajará, Boca do Acre, Canutama e Lábrea, estes do Estado da Amazonas. A PSC está incluída na lista de doenças de notificação obrigatória da OIE, devido à grande capacidade de difusão, gerando restrições ao comércio mundial de suínos e dos produtos e subprodutos de suínos.

Peste Suína

Peste Suína Clássica, também conhecida como peste suína, cólera suína ou febre suína clássica, é uma doença infecciosa, altamente contagiosa causada por um vírus RNA, que acomete suínos domésticos e silvestres. É uma enfermidade de notificação compulsória para a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), apresenta alta morbidez e mortalidade, o que repercute em significativas consequências ao bem estar animal e prejuízos socioeconômicos, sanitários e ambientais.

Segundo a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Salete Dezen, a Peste Suína Clássica é caracterizada por uma grande variedade de sinais clínicos e lesões com predominância do tipo hemorrágico. “São sintomas como hemorragia, que pode levar à morte; febre alta; falta de coordenação motora; orelhas e articulações azuladas; vômitos, diarreia; falta de apetite; esterilidade e abortos; leitões natimortos ou com crescimento retardado”, detalhou Salete.

Ainda entre as características da doença estão também o agrupamento de animais nos cantos das pocilgas e a morte após quatro e sete dias do início dos sintomas.
A contaminação pode ocorrer por meio de alimentos ou água contaminados; animais infectados; veículos e instalações contaminados; contato com cadáveres de animais infectados; equipamentos contaminados, roupas e calçados de indivíduos que mantiveram contato direto com animais doentes ou em período de incubação da doença (em geral a incubação é de 4 a 6 dias, com um intervalo de oscilação de 2 a 20 dias).

Sua prevenção se dá por meio da separação das instalações nas diferentes fases de criação; cercas adequadas que evitem a entrada de animais; limpeza e desinfecção das instalações e dos veículos que transportam animais; conhecimento da origem de animais adquiridos e quarentena dos mesmos; limpeza e desinfecção das mãos e botas das pessoas que lidam com os animais.

 

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