O estudo será feito por meio de amostragem e sorteio, com busca ativa das pessoas para fazer os testes
O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, explicou nesta quinta (19), em entrevista ao programa CB Poder, que o Distrito Federal está preparado para enfrentar um possível segunda onda do novo coronavírus. Dentre as ações preparadas pelo GDF, a primeira foi a organização do inquérito epidemiológico para avaliar a circulação da Covid-19 em todas as regiões administrativas do Distrito Federal.
Segundo Okumoto, o inquérito será feito por meio de amostragem e sorteio, com busca ativa das pessoas para fazer os testes. “Serão sorteadas 230 pessoas por cada uma das 34 regiões administrativas para fazerem exames e identificarmos se estão com anticorpos, ou não”, disse Okumoto, lembrando que a secretaria recebeu 10 mil testes em doação da Fecomércio.
Além disso, 150 mil testes rápidos para detectar a Covid-19 estarão disponíveis nas 172 unidades básicas de saúde (UBSs) do DF. Todos com sintomas da doença ou contato com casos confirmados poderão ser avaliados. Com 600 oxímetros oferecidos nas UBSs, os pacientes positivos serão monitorados, por telefone, para identificar os níveis de saturação de oxigênio. A depender da gravidade, ou o paciente será encaminhado para um hospital público, se estiver grave, ou será orientado a permanecer em casa em isolamento, nos casos mais leves.
Capacidade
Para garantir o atendimento à população em uma eventual segunda onda, Okumoto informou que atualmente a rede pública de saúde do DF conta com 407 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 311 de enfermaria, todos disponíveis para atender pacientes com a Covid-19. “45% desses leitos estão ocupados, então estamos em uma situação confortável”, garantiu.
Na avaliação do secretário de Saúde, apesar de a situação estar sob controle, a ideia é que todos esses leitos sejam desmobilizados no futuro e voltem a atender pacientes com todas as patologias, principalmente quando a vacina estiver disponível. Enquanto a maioria deles não está sendo usada por pacientes da Covid-19, alguns já começaram a ser desmobilizados “com toda a segurança para a população”, ressaltou Okumoto.
Cirurgias eletivas
Com relação às cirurgias eletivas paralisadas na rede pública de saúde, o secretário de Saúde destacou que a situação ocorreu em decorrência da utilização de grande parte dos medicamentos para pacientes entubados com a Covid-19. Ainda assim, a quantidade de procedimentos desse tipo, realizados este ano, mesmo com a pandemia, não foi prejudicada em relação as feitas em 2019.
“No ano passado, fizemos 67 mil cirurgias eletivas, e esse ano, até o final de agosto, fizemos 44 mil”, informou o gestor. “Chegaremos a 66 mil cirurgias até 31 de dezembro. Estará bem compatível com o ano passado, mesmo tendo a pandemia. O rendimento foi importante e muito bom”, completou o secretário de Saúde.
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