Em reunião realizada nesta segunda-feira (4), órgãos discutiram remobilização de leitos e a reformulação da força de trabalho
Secretaria de Saúde (SES) se reuniu com representantes do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para discutir estratégias de combate a uma provável segunda onda da Covid-19.
A reunião abordou remobilização de leitos de UTI, reformulação da força de trabalho nas unidades de saúde e resultados preliminares do inquérito soroepidemiológico.
A SES considera que, do ponto de vista logístico, as experiências da primeira onda são determinantes para o sucesso no enfrentamento a este novo aumento de contágio do novo coronavírus no DF.
A pasta analisa as curvas epidemiológicas, as taxas de disseminação e a gravidade de acometimento de pacientes em leito de UTI registradas entre julho e agosto de 2019, período considerado como pico da pandemia no DF.
Após a divulgação do resultado preliminar do inquérito soroepidemiológico, é possível perceber uma compatibilidade com os dados divulgados diariamente nos boletins informativos, como explica o secretário de saúde, Osnei Okumoto. “Há cinco semanas a transmissão estava em 1,3. Na última sexta-feira, o DF chegou à taxa de 0,74 e isso bate muito com os dados apresentados no inquérito”, acrescentou.
Nesta fase do inquérito, 1.077 moradores foram testados em oito regiões administrativas do DF. 80% dos testados apresentaram IGG/IGM negativos, 17% positivos e 3% inconclusivos. Do percentual de positivos, em 82% foi identificada a infecção passada (+IGG), em 13% infecção atual (+IGM) e em 5% o exame deu reagente para o IGG e IGM, mostrando que o morador já apresenta anticorpos para o novo coronavírus, mas sua infecção ainda é recente.
Em números gerais, 2.059 imóveis foram sorteados e visitados, porém em apenas 52% foi possível realizar a pesquisa, dada a recusa ou indisponibilidade dos moradores.
Plano de Mobilização de Leitos Covid
Na última quarta-feira (30), a Secretaria de Saúde divulgou o plano de mobilização para leitos de UTI Covid que, em sete fases, irá garantir um suporte de 230 leitos públicos. “É importante se discutir também a questão de pessoal em relação à disponibilidade de força de trabalho humano para fazer este enfrentamento nos hospitais”, comentou Okumoto após a reunião com o MPDFT.
As unidades de terapia intensiva estarão disponíveis em 14 hospitais, sendo dez públicos e quatro contratados. No total, somando com os leitos já existentes, o DF terá 382 leitos públicos de UTI Covid.
O Plano de Mobilização prevê ainda a abertura de novos leitos de UTI Covid no Hospital Regional de Samambaia (HRSam), que passará a atender exclusivamente pacientes acometidos pelo novo coronavírus Sars-CoV-2. O Hospital já mobilizou 20, de um total de 27 leitos de UTI Covid previstos para a unidade.
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