Iniciativa voltada ao atendimento de familiares de dependentes químicos ganhará unidade de apoio itinerante para as diversas cidades do DF. Solenidade de relançamento acontece na quarta-feira, durante as atividades da semana em que se celebra o Dia Internacional de Combate às Drogas
Na semana em que se celebra o Dia Internacional de Combate às Drogas (no domingo, 26/6), a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus/DF) reativa uma importante ação da área. Destinado a fortalecer o núcleo familiar, colaborando no tratamento de dependentes químicos, o programa “Ame, mas não sofra” retoma as atividades a partir de quarta-feira (22 de junho). A iniciativa tem como objetivo tratar a codependência emocional, na qual pessoas próximas desenvolvem uma espécie de “vício” em relação aos problemas vividos pelos usuários de entorpecentes. Suspenso desde dezembro de 2015, o trabalho terá como novidade o atendimento itinerante nas diversas cidades do DF.
O programa conta com equipe multidisciplinar de profissionais, que têm a missão de orientar os familiares dos dependentes de drogas quanto aos cuidados consigo e à melhor maneira de abordar o ente querido em busca da libertação do vício. “A palavra-chave é esclarecimento. Ninguém será capaz de ajudar um parente a se livrar do vício se estiver agindo em desespero. Tampouco, será possível colaborar fazendo uma abordagem carregada por preconceitos. A dependência química é uma doença e, por isso, deve ser encarada seriamente”, comenta Hugo Souza Lima, subsecretário de Políticas para Justiça, Cidadania e Prevenção ao Uso de Drogas, pasta da Sejus/DF que coordena o “Ame, mas não sofra”.
Profissionais que atuam no programa relatam a angústia de familiares de usuários de drogas. Os casos vão desde pais e mães que, aguardando os filhos voltarem para casa, perdem várias noites de sono e prejudicam o desempenho no trabalho, até parentes que favorecem o consumo de substâncias ilícitas, quitando dívidas com traficantes, por exemplo. “Primeiro, é preciso se fortalecer, abandonar o sentimento de culpa. Depois, em vez de simplesmente condenar o usuário, deve-se fazer proposições assertivas que conduzam ao fim da dependência. O ‘Ame, mas não sofra’ trata de como fazer isso”, explica o subsecretário Hugo Souza Lima.
No ano de 2015, o programa prestou 665 atendimentos. Desse total, 76% eram mulheres e 24%, homens. O familiar que mais recorreu à iniciativa foram as mães (33%). Quanto à substância utilizada, a maconha foi citada em 41% dos casos, seguida por álcool (27%) e cocaína (19%). A idade do dependente químico cujas famílias mais utilizaram o serviço é maior de 36 anos (28%). Depois, vem a faixa etária compreendida entre 19 e 21 anos (20%). A iniciativa é desenvolvida em eventos gratuitos por meio de palestras de profissionais especialistas, de depoimentos e da participação de grupos de apoio.
Reativação do Programa “Ame, mas não sofra”
Quando: quarta-feira (22 de junho)
Local: Secretaria de Justiça e Cidadania (antiga rodoferroviária)
Horário: 15h
Assessoria de imprensa: Fernando Brito – 2104-4224 / 9951-9375
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