Roteiro mostra a Brasília da diversidade religiosa

Projeto Ciclo da Paz, da Setur, contempla principais templos da Asa Sul, como o Shin  Budista,  Boa Vontade, Igrejinha Nossa Senhora de Fátima etc 

Neste sábado (21) a Secretaria de Turismo do Governo do Distrito Federal, dando seqüência a ação Agosto de Dom Bosco, lança o segundo roteiro religioso do projeto Ciclo da Paz.  A Rota Sul contempla o Cenáculo Espírito Santo,  Templo Shin  Budista Terra Pura,  Templo da Boa Vontade (foto abaixo), Sede Convenção Nacional das Assembleias de Deus do Brasil, Igrejinha Nossa Senhora de Fátima e Santuário Dom Bosco.  A Rota já está disponível na plataforma Google Maps e pode ser acessada pelo site da Setur. 

Foto: Agência Brasília/Arquivo

O projeto Ciclo da Paz foi lançado para incentivar o turismo religioso em Brasília. Para a Setur, a modalidade pode contribuir para a retomada da atividade turística no Brasil, principalmente porque roteiros de fé e peregrinação são fortes incentivadores de pequenos negócios e investimentos, movimentando economias locais em setores como indústria, comércio, serviços e artesanato, gerando emprego e renda em todas as regiões do país. 

Para a secretária de Turismo do Governo do Distrito Federal, Vanessa Mendonça, o objetivo do projeto  é unir todas as crenças por meio de um roteiro turístico.  “Desta forma permitimos e incentivamos a valorização dos nossos templos sob a ótica do patrimônio cultural e a experiência da fé em todas as suas manifestações”, destaca.

O turismo religioso movimentou mais de R$ 15 bilhões entre serviços diretos e indiretos prestados no Brasil em 2019. Segundo dados do Ministério do Turismo, foram mais de 18 milhões de viagens domésticas movidas pela fé. 

Templos

O Templo Shin  Budista Terra Pura é dos locais que estão da rota organizada pela Setur.  A história do Templo  começa em 16 de junho de 1958, quando representantes da comunidade budista nipo-brasileira entregaram ao então presidente Juscelino Kubitscheck a solicitação para a cessão de uma área no Plano Piloto para a construção. 

Foto: Setur-DF/Divulgação

Para o Monge Sato, responsável pelo local, o mais importante é que o projeto aproxima, de certa forma, todas as crenças. “Nos sentimos honrados em nos unir à Catedral Metropolitana de Brasília, à Mesquita do Templo Islâmico, à Prainha dos Orixás, ao Santuário Dom Bosco e a outros tantos pontos importantes da região”, destaca. “O Ciclo da Paz vem em momento oportuno para nos lembrarmos da interdependência, inter-religiosidade e interculturalidade e da união necessária para enfrentarmos momentos difíceis”, acrescenta.

O  Santuário Dom Bosco também está rota.  A igreja foi projetada pelo arquiteto Carlos Alberto Naves e é especialmente famosa por seus vitrais, recebendo milhares de turistas por ano.  A criação da igreja foi iniciativa dos Salesianos com parceria do Governo Federal.  

Para o  reitor do templo, padre Jonathan Costa, incentivar o turismo religioso é importante para o desenvolvimento da cidade. “Por meio do turismo também podemos evangelizar”, disse.  “Brasília é um patrimônio cultural, mas também tem seu lado místico que é muito forte. É uma  cidade sonhada, profetizada e por isso não podemos vê-la apenas com o olhar arquitetônico, mas também com o olhar da fé”, acrescentou.

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