App possui diferenças e semelhanças em relação ao Uber. Mas diferente de sua rival, Cabify permite cadastro de motoristas de táxi preto em SP
IDGNow! – A startup espanhola de transporte individual Cabify começa a operar no Brasil nesta segunda-feira (06/06), começando pela cidade de São Paulo. A concorrente do Uber promete preços competitivos, já que a forma como cobra por corridas é diferente da startup americana.
Com o Cabify, usuários pagarão somente por quilômetro rodado, excluindo da conta o tempo de permanência no veículo. Isso significa que ao pegar congestionamentos, o usuário do aplicativo não pagará pelos minutos que permanecer parado. O serviço também se difere do Uber ao não contar com a tarifa dinâmica – quando os preços das corridas ficam mais caros por região onde há maior demanda.
Porém, no Cabify o valor varia de acordo com a corrida. O serviço cobra do cliente R$2,50 reais a cada quilômetro em percursos de 5 km a 10 km; o preço cai para R$2 em viagens de 10 km a 25 km e R$ 3 em rotas acima de 25 km. Sua tarifa base é de 50 centavos e sobe para R$ 2,50 em horários de pico. Já no UberX, a tarifa base é de R$ 3, com cobrança de 35 centavos por minutos e preço por quilômetro de R$ 1,43.
Vale ressaltar que apesar não contar com tarifa dinâmica, o Cabify não oferece a opção de compartilhamento de veículos como o UberX, recurso que barateia corridas.
Da mesma forma que a startup americana , os motoristas que aderirem ao serviço são encarados como parceiros e não funcionários.
A Cabify se mostra mais flexível que o Uber ao permitir o cadastro de motoristas de táxi preto em São Paulo (categoria de luxo de táxis criada como resposta ao Uber pela prefeitura da capital paulista). Na Espanha, aliás, o aplicativo opera com taxistas.
A maior maleabilidade da empresa pode ser vista como uma estratégia para se adaptar a um mercado competitivo e cheio de carros como São Paulo. “Lógico que existe um ambiente enorme de competição em São Paulo, mas vemos que temos diferenciais para a nossa entrada no mercado brasileiro. Inclusive pensamos em trabalhar com o táxi preto aqui. Não somos rígidos quanto à forma de trabalho, nos moldamos ao mercado”, explica o Head de Operações e Logística da Cabify no Brasil, Daniel M. Velazco-Bedoya, lembrando que a empresa já teve encontros com a prefeitura de São Paulo e vem acompanhando de perto as assembléias e a discussão sobre a regulamentação de serviços como Uber e o próprio Cabify na cidade.
No Brasil, somente a modalidade Cabify Light, semelhante ao UberX, começa a funcionar hoje. Em outras países, a startup também conta outras modalidades de carros: Cabify Executivo (mais luxuoso e caro, para rivalizar com o Uber Black) e o Corporate, que, como o nome indica, é voltado para o uso por empresas.
Como acontece no Uber, o pagamento é feito de forma automatizada. Basta cadastrar o cartão de crédito no app e ao final da viagem, a corrida estará automaticamente paga.
Assim como no 99Top, da 99Táxis, e no Uber, não há taxa cobrada pela mudança de município, o que reduz o preço da corrida para quem precisa ir a uma cidade vizinha de São Paulo, como Guarulhos.
Maior país da América Latina, o Brasil será o sexto mercado da Cabify no mundo, mas não o primeiro da empresa na região. Além da sua terra natal, a companhia também está no Chile, México, Peru e Colômbia.
Apesar da Cabify não informar a quantidade de motoristas parceiros já cadastrados em São Paulo, a companhia diz que mais de 10 mil pessoas interessadas se cadastraram até o momento.
As próximas cidades brasileiras que devem ofertar o aplicativo são Belo Horizonte, Curitiba, Goiânia, Brasília, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Durante o lançamento, a empresa oferece algumas viagens gratuitas. O código MEUCABIFY dá duas corridas de R$ 20 aos usuários na primeira vez no serviço. O aplicativo se encontra disponível para aparelhos com sistema operacional Android e iOS.
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