Docentes da UFCG decidiram iniciar uma greve a partir da próxima segunda-feira (10). A paralisação busca discutir a reestruturação de carreira e a recomposição salarial e orçamentária
Em uma assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (6), os professores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, com início marcado para a próxima segunda-feira (10). A proposta foi aprovada com 81 votos a favor e 77 contra, conforme informado pela Associação dos Docentes da UFCG (ADUFCG).
A greve dos professores da UFCG alinha-se com a paralisação dos servidores técnico-administrativos da instituição, que começou em 11 de março. Entre as principais reivindicações dos docentes estão:
- Reestruturação de Carreira: Os professores buscam um diálogo com o governo para discutir a reestruturação das suas carreiras, visando melhores condições de trabalho e progressão na profissão.
- Recomposição Salarial: A categoria luta pela recomposição salarial, que inclui um reajuste para compensar as perdas inflacionárias e garantir melhores condições de vida.
- Recomposição Orçamentária: Além dos salários, os professores pedem uma recomposição orçamentária que permita à universidade manter e melhorar suas atividades acadêmicas e administrativas.
Nesta semana, os professores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) também deflagraram uma greve por tempo indeterminado. As reivindicações dos docentes da UFPB incluem um reajuste salarial de 22,71%, garantias aos aposentados e melhorias nos planos de carreira. A greve na UFPB ressalta a crescente insatisfação entre os profissionais de educação superior na região, refletindo uma crise mais ampla no setor.
Próximos passos
Com a decisão de greve, a expectativa dos professores da UFCG é reabrir o diálogo com o governo Lula e as autoridades competentes para discutir suas demandas. A ADUFCG continuará a coordenar as atividades do movimento grevista, organizando assembleias e ações para pressionar por uma solução favorável às suas reivindicações.
A greve terá um impacto significativo nas atividades acadêmicas da UFCG, afetando milhares de estudantes e diversas áreas de ensino e pesquisa. A comunidade acadêmica e a sociedade civil acompanham de perto o desenrolar dos acontecimentos, esperando que o diálogo seja retomado e que soluções sejam encontradas para as questões levantadas pelos professores.
A situação na UFCG é um reflexo das dificuldades enfrentadas pelo ensino superior público no Brasil, que enfrenta desafios relacionados ao financiamento, à valorização profissional e à manutenção da qualidade do ensino e da pesquisa.
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