Produtores do perímetro irrigado de Lagarto registram melhorias após investimento do Governo do Estado

Sete meses após o governador Jackson Barreto entregar oito novas motobombas e a recuperação do maquinário e tubulações da Estação de Bombeamento (EB) 02, o perímetro Piauí obteve avanços na irrigação

Sete meses após o governador Jackson Barreto entregar oito novas motobombas e a recuperação do maquinário e tubulações da Estação de Bombeamento (EB) 02, o perímetro Piauí, em Lagarto, segundo produtores, obteve melhorias na irrigação. Além de novos equipamentos, o perímetro passará por reformas e recebe, ao todo, R$ 916 mil em recursos do Proinveste. O polo agrícola foi responsável, apenas em 2016, pela produção de 7.604 toneladas de alimentos, dentre eles a batata-doce, mandioca, quiabo, tomate e maracujá. Com esse quantitativo, os produtores conseguiram gerar o montante de R$ 12,9 milhões.

“Recebemos bombas novas no perímetro, que ajudaram 100% na irrigação, e está funcionando tudo direitinho. Aqui no meu terreno planto alimentos como batata, macaxeira, hortaliças, milho, e o Piauí é muito importante para mim, pois é quem sustenta a todos nós. Sem água no verão não podemos plantar nada, e através do perímetro várias famílias conseguem sobreviver. Tiro meu sustento todo daqui, pois não há outra fonte de renda. De modo que a ajuda do governo é essencial para nós”. Esse é o depoimento do agricultor Genivaldo de Jesus, proprietário de um dos 421 lotes do perímetro irrigado de Lagarto.

Genivaldo, assim como os demais agricultores, recebe em seu terreno água para a agricultura, além de assistência técnica rural. Ele é um dos beneficiados do projeto de irrigação pública do Governo do Estado, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). Segundo o gerente do Piauí, Gildo Almeida, o perímetro desenvolve 28 culturas e promove o incentivo à agricultura orgânica.

O gestor do Piauí conta que as intervenções do governo no perímetro foram fundamentais para a melhoria do trabalho rural. “Ao todo são 14 bombas em Lagarto e, destas, oito são novas. Elas substituíram equipamentos que estavam em funcionamento há mais de 30 anos e estavam ruins. O objetivo do novo maquinário foi melhorar a pressão de água para o campo e facilitar mais o sistema de irrigação. E a situação melhorou muito aqui. Antes não havia pressão para bombear água para o produtor e agora a situação melhorou para todos os produtores. Essa é uma forma de valorizar o perímetro. O governo está investindo em bombas novas, o que é uma grande ajuda para todos nós, e não esqueceu do perímetro, estando sempre presente. E a tendência é melhorar mais o Piauí”, destacou Gildo Almeida.

À época da entrega dos novos equipamentos, o diretor de Infraestrutura e Mecanização Agrícola da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral, explicou que as recém-entregues motobombas são mais potentes e possuem selo de eficiência em consumo de energia, de modo a consumir menos energia e necessitarem ficar menos tempo ligadas para bombear a quantidade de água necessária à irrigação.

Em operação desde 1987, o Perímetro Piauí nunca contou com um investimento desse porte, para melhorar o seu potencial hídrico. De acordo com o diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, o investimento em novas bombas somado à recuperação, graças às chuvas, do nível da água da barragem Dionísio Machado que abastece o perímetro de Lagarto, devem proporcionar boas consequências.

“Essas novidades têm tudo para gerar uma produção recorde de alimentos, suplantando a deficiência provocada pela seca que nos abateu do ano passado para cá. Logo estaremos dando continuidade na recuperação do perímetro Piauí. Depois de melhorar a EB-02, vamos reformar a EB-01 e prédios administrativos, demandas que estão em processo licitatório e serão custeadas pelos recursos do Proinveste. Vale frisar que além da reforma de todo prédio, tubulações e maquinário hidráulico, na EB-02 foram instaladas oito novas motobombas, mais potentes e econômicas no consumo de energia elétrica”, ressaltou Felizola.

Para o presidente da Associação dos Produtores do Perímetro Irrigado Piauí (APPIP), Antônio Amorim, as bombas novas facilitaram muito. “Foi uma benção. Antes a situação estava precária. Estávamos perdendo quase todo o plantio. Depois das bombas, a situação melhorou 99%. Estávamos racionando a água porque a barragem estava em situação difícil, mas com a chuva a situação melhorou. Acredito que o governo está preocupado com a agricultura familiar, afinal sem ela o que seria do comércio e de quem mora na zona urbana? Sem a agricultura nada funciona. Acreditei na entrega das bombas, o governo prometeu e cumpriu. Ficamos ansiosos pela entrega, mas graças a Deus chegou e veio na hora certa”.

João Pacheco é um dos que acredita no perímetro irrigado. Ele, entre outros trabalhadores locais, é adepto da agricultura orgânica e não faz uso de nenhum tipo de agrotóxico em suas plantações. Ele conta que, apesar do aparecimento de pragas e doenças, segue sem utilizar venenos. Sobre o perímetro Piauí, João é enfático: “é fundamental e a nossa salvação. Se não fosse isso, estaríamos levando a mesma vida de sempre: plantando fumo e mandioca”.

O Piauí destina a produção para feiras livres e mantém parceria com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Governo Federal, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que compra a produção para que seja repassada para instituições beneficentes doarem a pessoas em situação de insegurança alimentar ou no preparo de refeições. A Associação dos Produtores do Perímetro Irrigado Piauí (APPIP) entregou no ano passado 296 toneladas de sua produção agrícola, gerada pela irrigação pública do Governo do Estado, beneficiando 5.740 pessoas. Foram 69 fornecedores, que geraram R$ 551.450 pelo conteúdo produzido.

Irrigação

A Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe recebe R$ 11 milhões do Proinveste para investimento nos perímetros, aquisição de novos equipamentos que irão auxiliar nos trabalhos de perfuração de poços, além de limpeza e manutenção de barragens e ações de infraestrutura da empresa.

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