Presídio de Ponta Porã oferece ocupação produtiva a mais de 40% de seus detentos

Ponta Porã (MS) – Mais de 40% dos reeducandos da Unidade Penal Ricardo Brandão (UPRB) trabalham em oficinas laborais. No presídio masculino de regime fechado de Ponta Porã são 27 frentes de trabalho instaladas que, além de garantirem ocupação produtiva, contribuem para que os detentos aprendam uma profissão, melhorando a disciplina e estimulando a mudança de pensamento e reintegração à sociedade.

pp-08De acordo com o diretor do estabelecimento penal, Carlos Eduardo Lhopi Jardim, dos 390 internos da unidade, 158 exercem atividades laborais que variam nas áreas de cozinha, marcenaria, serralheria, mecânica, olaria, confecção de vestuário, manufatura de vassouras, padaria, construção civil (obra de reestruturação da unidade), horticultura, serviços de manutenção e limpeza do presídio, entre outros. Todos têm o direito à remição de pena garantida, ou seja, a cada três dias trabalhados reduz um no total a ser cumprido.

pp-04Mais de 27% dos reeducandos que trabalham recebem remuneração pelo serviço prestado em seis oficinas, que funcionam por meio de parcerias entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e instituições públicas e privadas, entre elas a marcenaria do presídio, onde são reformados móveis da Prefeitura, e a fábrica de vassouras de uma empresa particular, que garante a maior quantidade de mão de obra remunerada em uma única oficina, 11 detentos .

Na olaria, são produzidos tijolos que são utilizados nas obras da própria unidade e também têm servido como produto de troca com entidades e sociedade em geral, por outros materiais necessários ao estabelecimento prisional. Na área de confecção de vestuário, também são feitos os uniformes dos internos da UPRB e da unidade feminina de Ponta Porã.

Os dados positivos registrados no presídio de Ponta Porã também refletem os bons índices conquistados de uma forma geral em unidades penais de Mato Grosso o Sul, onde, atualmente, cerca de 38% dos custodiados trabalham, conforme aponta o diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, com base em dados da Divisão de Trabalho da autarquia, responsável pela coordenação das ocupações laborais em presídios.

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Stropa destaca que o oferecimento de trabalho aos custodiados é um dos focos da instituição, pois possibilita tornar o tempo de reclusão em algo produtivo. “É uma oportunidade de ressocialização aos internos, além de ajudar a melhorar o comportamento”, afirma.

Segundo o diretor de Assistência Penitenciária da Agepen, Gilson de Assis Martins, dos mais de 5800 reeducandos do Estado que trabalham, mais da metade são remunerados, graças a parcerias da agência penitenciária. Para Gilson, o grande desafio é atrair mais parceiros da sociedade nessa luta para assegurar o cumprimento da pena mais digno e que realmente cumpra o papel ressocializador. “O objetivo é esse, temos muita mão de obra, e buscamos dar uma oportunidade a essas pessoas”, finaliza.

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