De acordo com dados do Instituto Água e Saneamento, apenas 27,6% da população é atendida com o serviço de drenagem de águas pluviais na cidade
O volume de alagamentos em João Pessoa tem aumentado consideravelmente em dias de chuvas por conta da falta de serviços de drenagem, não realizados pela Prefeitura. De acordo com dados do Instituto Água e Saneamento, apenas 27,6% da população é atendida com o serviço de drenagem de águas pluviais na cidade.
A inundação de casas, ruas e o péssimo escoamento das águas estão sendo divulgados nas redes sociais e em vários veículos de comunicação. Os transtornos se multiplicam no Esplanada, Bairro das Indústrias, Valentina, Mangabeira, Cristo, Funcionários, João Paulo II, Geisel, José Américo, Torre, Paratibe, Mumbaba e Mussumagro.
O corretor José Leandro relatou a realidade enfrentada pela população na Zona Sul da Capital. “No Geisel, nunca entrou água na minha casa. Após o serviço de calçamento, agora está alagando, graças ao nosso prefeito Cícero Lucena”, criticou.
A gravidade da situação é semelhante em dezenas de outros bairros, como revela Juliana Paiva. “Aqui no Valentina está do mesmo jeito. Fazem 10 anos que moramos na mesma rua. Esse ano as águas estão invadindo as casas”, denunciou.
O deputado federal Ruy Carneiro recebeu vários registros de alagamento da população. “Isso é um absurdo. As pessoas merecem respeito. Já não bastam os problemas gerados pelas chuvas nos pontos historicamente conhecidos pela população pessoense, onde não existe nenhuma resolução por parte da Prefeitura. A população está cansada dessa realidade, que pelos registros está piorando cada vez mais”, condenou.
O parlamentar cobrou ações emergenciais para solucionar esses problemas e garantir mais segurança, mobilidade e qualidade de vida às pessoas. “O prefeito Cícero Lucena está no seu décimo segundo ano de mandato. Mesmo depois de tanto tempo, parece que ainda não aprendeu que a cidade precisa de um plano de drenagem, de curto, médio e longo prazo. A gestão é campeã em desmatamento. Isso vai de encontro ao restante do mundo, que tem plantado árvores, o que ajuda muito na drenagem da cidade. Outro exemplo são os jardins de chuva, que têm sido feitos em várias administrações pelo Brasil. O morador de João Pessoa não aceita mais ficar ilhado na sua casa, sem ter o direito de ir e vir”, enfatizou Ruy.
Além desses novos problemas, João Pessoa continua sofrendo com os alagamentos em regiões históricas como a estação da CBTU, no bairro do Varadouro; lateral da Central de Polícia, no bairro do Geisel; principal dos Bancários; lateral da Prefeitura, em Água Fria; ladeira entre Valentina e Mangabeira; entre outros.
O levantamento do Instituto Água e Saneamento, ainda revelou que cerca de 5.930 domicílios da cidade correm risco de inundação.
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