Prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, viaja para Paris e deixa cargo com presidente do TCE-PB

Acordo com a Agência Francesa de Desenvolvimento viabiliza R$ 329,4 milhões para projetos de mobilidade urbana e urbanização na capital paraibana

Da Redação

O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), embarcará nesta quinta-feira (18) para Paris, na França, onde assinará um convênio com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD). O acordo, avaliado em 55,4 milhões de euros (R$ 329,4 milhões), visa financiar projetos de mobilidade e urbanização na capital paraibana.

Durante a ausência de Cícero Lucena, e devido ao impedimento eleitoral do vice-prefeito Léo Bezerra (PSB) e do presidente da Câmara Municipal Dinho Dowsley (PSD), o cargo será ocupado pelo presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB), Antônio Nominando Diniz.

O afastamento temporário do prefeito foi comunicado à Câmara de João Pessoa na terça-feira (16). Cícero Lucena deverá retornar à capital paraibana entre os dias 25 e 26 de julho.

O convênio com a AFD foi negociado no ano passado, após a participação do prefeito na 28ª Conferência de Mudanças Climáticas da ONU (COP28) em Dubai, Emirados Árabes Unidos. Os recursos serão aplicados em projetos de mobilidade urbana, como a construção dos corredores Dois de Fevereiro e Epitácio Pessoa e dos Terminais de Integração. As iniciativas fazem parte do Projeto de Melhoria da Mobilidade e Acessibilidade da região central e do Projeto de Recuperação e Urbanização de 7,5 km do Rio Jaguaribe, integrado ao Programa João Pessoa Sustentável.

A escolha de Antônio Nominando Diniz para assumir o cargo de prefeito foi possível após ajustes legislativos na Câmara Municipal de João Pessoa e na Assembleia Legislativa da Paraíba, visando preencher a lacuna na linha sucessória em caso de impedimento do vice-prefeito e do presidente da câmara, que ficariam inelegíveis para o pleito deste ano se assumissem o cargo.

Em entrevista recente, Antônio Nominando declarou que não receberá pagamento adicional por assumir temporariamente a prefeitura. Além disso, destacou que o prefeito da capital não exerce a função de ordenador de despesas e que, caso seja designado como relator das contas da cidade, se declarará suspeito.