Apesar do potencial para liderar governo estadual e as duas maiores prefeituras da Paraíba, racha entre Efraim Filho e Ribeiros impede unidade

A possível federação entre os partidos Progressistas (PP) e União Brasil, em negociação, tem o potencial de comandar o Governo da Paraíba e as prefeituras de João Pessoa e Campina Grande, as duas maiores cidades do estado, em 2026. Juntas, as siglas somariam uma bancada robusta na Câmara dos Deputados, com 109 parlamentares, superando o PL, e na Paraíba agregariam nomes como o vice-governador Lucas Ribeiro (PP), o senador Efraim Filho (União Brasil), o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (União Brasil), o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP) e o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP). No entanto, a união enfrenta um obstáculo: a rivalidade política entre o grupo de Efraim, Cunha Lima e a família Ribeiro. A bagunça está formada.
Lucas Ribeiro, sobrinho de Aguinaldo, é apontado como provável sucessor do governador João Azevêdo (PSB), caso este renuncie em abril de 2026 para disputar o Senado. O PP, que também conta com o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, detém 20 prefeituras no estado, incluindo Santa Rita, e pode receber mais 11 gestores ligados à senadora Daniella Ribeiro. Já o União Brasil, sob liderança de Efraim Filho, conquistou 23 prefeituras em 2024, como Campina Grande, administrada por Bruno Cunha Lima, e Guarabira, além de ter o senador como pré-candidato ao governo pela oposição.
A federação exigiria atuação conjunta por quatro anos, mas a divisão entre os grupos é evidente. Efraim integra a oposição a Azevêdo, enquanto os Ribeiros sustentam a base governista. Conversas nacionais entre Ciro Nogueira (PP) e Antônio Rueda (União Brasil) avançam, mas na Paraíba a disputa pelo comando da aliança pode levar um dos lados a buscar outra legenda, comprometendo a força da coalizão no estado.

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