Secretário norte-americano voltou a fazer duras críticas ao país
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, voltou a fazer, nessa quarta-feira (6), duras críticas à China, culpando-a pelas mortes de centenas de milhares de pessoas por coronavírus e exigindo novamente que compartilhe informações sobre o surto.
“Eles sabiam. A China poderia ter evitado as mortes de centenas de milhares de pessoas em todo o mundo. A China poderia ter poupado o mundo de sofrer um mal-estar econômico global”, afirmou Pompeo em entrevista coletiva no Departamento de Estado.
“A China ainda se recusa a compartilhar as informações necessárias para manter as pessoas seguras”.
A covid-19 matou mais de 255 mil pessoas em todo o mundo, incluindo mais de 70 mil nos Estados Unidos (EUA), o país mais afetado pela doença, de acordo com estatísticas oficiais.
O vírus surgiu pela primeira vez na cidade chinesa de Wuhan em dezembro. A maioria dos especialistas acredita que ele se originou em um mercado de venda de animais silvestres e passou de animais para pessoas, mas Pompeo disse que há evidências significativas de que veio de um laboratório.
Críticos do presidente Donald Trump dentro dos EUA, incluindo alguns ex-funcionários, acadêmicos e colunistas, têm afirmado que, embora a China tenha muito a responder sobre suas ações nos primeiros dias do surto, o governo norte-americano está tentando desviar a atenção do que eles veem como uma resposta lenta do país.
Em evento na Casa Branca, Trump, que busca a reeleição em novembro, classificou o surto como o pior “ataque” que o país já sofreu e culpou a China por não impedi-lo.
“Isso é pior que Pearl Harbor. Isso é pior que o World Trade Center”, disse Trump. “E nunca deveria ter acontecido. Poderia ter sido parado na fonte. Poderia ter sido parado na China. Deveria ter sido parado exatamente na fonte, e não foi.”
Pompeo rebateu sugestões de que ele e outros membros do governo Trump tenham emitido declarações conflitantes sobre as origens exatas do novo coronavírus.
No domingo (3), Pompeo disse que havia “uma quantidade significativa de evidências” de que o vírus surgiu no Instituto de Virologia de Wuhan, sendo que na quinta-feira anterior (30) tinha afirmado que não se sabia se veio do laboratório, do mercado de animais silvestres ou de outro lugar.
Ontem, o secretário afirmou que os Estados Unidos não tinham certeza, mas que havia evidências significativas de que surgiu do laboratório.
“Cada uma dessas afirmações é totalmente consistente”, declarou. “Estamos todos tentando descobrir a resposta certa. Estamos todos tentando esclarecer.”
O Instituto de Virologia de Wuhan, apoiado pelo Estado chinês, afirma que o vírus não se originou no local.
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