Operação revela esquema de invasão a sistemas governamentais e venda de informações sensíveis
Da Redação
Na manhã desta sexta-feira (12), a Polícia Civil do Distrito Federal desencadeou uma operação contra um grupo de hackers suspeito de invadir sistemas governamentais e montar um banco de dados com 76 milhões de credenciais obtidas ilegalmente.
Segundo informações da polícia, o banco de dados continha senhas privadas e credenciais de órgãos públicos, possibilitando acesso a sistemas internos e sensíveis de instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunal de Justiça do DF e Ministério Público do DF.
Um dos hackers detidos confessou ter utilizado os dados para praticar crimes de extorsão, além de vender as informações pela internet a outros criminosos.
Os agentes cumpriram mandados de prisão preventiva, temporária e de busca e apreensão em Feira de Santana (BA), Penalva (MA) e Fortaleza (CE). Até o momento, duas pessoas foram presas.
A Polícia Civil informou que o principal hacker do grupo já havia sido detido pela Polícia Federal em 2020 e 2021 por invadir os sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Polícia Civil, Ministério Público de Minas Gerais e Tribunal de Justiça de Goiás.
Além disso, ele é suspeito de outros ataques cibernéticos em diversos países, incluindo a República Dominicana, Trinidad e Tobago, Argentina, Tailândia, Vietnã e Nova Zelândia. As investigações também apontam que ele invadiu sistemas de tribunais nos Estados Unidos e até mesmo da NASA.
Os envolvidos podem responder por crimes como associação criminosa, invasão de dispositivo informático, receptação, extorsão, entre outros, podendo enfrentar penas que ultrapassam 20 anos de prisão, se condenados.
Seja o primeiro a comentar on "Polícia Civil desmantela grupo de hackers e recupera milhões de credenciais ilegais de tribunais superiores"