Por Pedro Peduzzi
O sistema de arrecadação financeira funciona, segundo a Polícia Civil, sob “formato de pirâmide”, tendo em seu topo o núcleo de liderança e, na base, dezenas de contas bancárias com movimentação menor, que fazem a captação de dinheiro e, gradativamente, repassam às contas maiores.
Para cumprir mais de 230 ordens judiciais – entre elas 94 mandados de prisão – contra os membros da facção foram mobilizados 520 policiais, sendo 98 delegados, 350 investigadores e 102 escrivães. Estão sendo procurados 51 suspeitos na região metropolitana e 11 no interior do estado (Rondonópolis, Sinop, Nova Olímpia, Sorriso, Peixoto de Azevedo, Guarantã do Norte e Poconé).
Segundo os investigadores, outros alvos terão os mandados cumpridos fora de Mato Grosso – no Pará. Um deles cumpre pena no Presídio de Tucuruí. O outro estaria na cidade de Jacundá. Há ainda um suspeito sendo procurado em Campo Grande (MS).
Iniciada há 15 meses, a operação descobriu três fontes principais de recursos – a primeira, uma mensalidade paga pelos integrantes do grupo; a segunda, por meio do cadastramento e de mensalidades pagas por traficantes ou pontos de venda de droga; e a terceira, por meio da ccobrança de “taxa de segurança” de estabelecimentos comerciais, o que, segundo a Polícia Civil, configura crime de extorsão.
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