Nova rodada da pesquisa PoderData revela declínio na aprovação ao terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com desaprovação crescente entre grupos chave de eleitores
Pesquisa realizada pelo instituto PoderData e divulgada nesta quarta-feira (20) aponta para uma queda na aprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao final do primeiro ano de sua nova gestão. Segundo o levantamento, a taxa de aprovação do presidente caiu de 52% no início do ano para 46%, marcando uma diferença de seis pontos percentuais. Paralelamente, houve um aumento de cinco pontos percentuais na taxa de desaprovação, de 39% para 44%.
Embora as oscilações estejam dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais, a pesquisa evidencia uma tendência desfavorável ao governo, com uma diminuição constante na taxa de aprovação e um ligeiro aumento nos índices negativos.
A análise demográfica detalhada mostra que o governo perdeu apoio significativo em segmentos que foram decisivos para a vitória eleitoral em 2022, especialmente entre mulheres e pessoas de baixa renda, incluindo aquelas que ganham até dois salários mínimos ou estão desempregadas. A desaprovação entre esses grupos é particularmente elevada.
A classe média também emergiu como um desafio para o governo Lula, com a desaprovação nesse segmento atingindo patamares elevados. O presidente, reconhecendo a dificuldade em alcançar esse grupo, já sinalizou a necessidade de implementar políticas direcionadas, incluindo iniciativas de habitação para a classe média.
Além disso, o governo enfrenta resistência entre pessoas de 25 a 44 anos, onde a desaprovação chega a 52%. Isso contrasta com a vitória eleitoral de Lula em 2022, onde ele obteve 50,90% dos votos.
A pesquisa PoderData, que entrevistou 2.500 pessoas em 244 municípios, foi realizada por telefone entre 16 e 18 de dezembro, com uma margem de erro de 2 pontos percentuais e um grau de confiança de 95%.
Apesar da tendência de queda na aprovação, o ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, minimizou os resultados, citando um “mix de pesquisas” que indicam um cenário de estabilidade na avaliação do governo. Ainda segundo Pimenta, o Planalto reconhece a continuidade da polarização ideológica no país, o que levou à criação de uma campanha de final de ano para promover a reconciliação entre famílias divididas por diferenças políticas.
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