Com 24 incidentes, a Paraíba é o terceiro estado com mais violência política no primeiro turno das eleições, revelam organizações Terra de Direitos e Justiça Global
A Paraíba emergiu como um dos estados brasileiros mais afetados pela violência política durante o primeiro turno das eleições deste ano, ficando atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro em número de ocorrências. Conforme atualização da pesquisa “Violência Política e Eleitoral no Brasil”, desenvolvida pelas organizações sociais Terra de Direitos e Justiça Global, o estado registrou 24 episódios de violência envolvendo candidatos e políticos em exercício.
De acordo com o estudo, entre 16 de agosto e 6 de outubro de 2024, a Paraíba viu uma variedade de atos violentos, incluindo 13 ameaças, 5 atentados, 5 agressões físicas e um assassinato. Este aumento posicionou a Paraíba como o terceiro estado com maior número de casos, subindo da 13ª posição na última atualização.
A violência marcou de maneira significativa as eleições municipais em João Pessoa, onde candidatos como Ruy Carneiro, Marcelo Queiroga e Luciano Cartaxo pediram a presença de tropas da Força Nacional devido a ameaças. A Operação Território Livre, que investigou o aliciamento violento de eleitores, resultou na prisão de figuras políticas importantes, incluindo uma vereadora e a primeira-dama da capital.
Além disso, o clima tenso se espalhou por outras cidades, como Tenório, onde confrontos entre eleitores e candidatos levaram a agressões físicas, e em Itatuba, onde o candidato a vereador Edinaldo Ferreira de Andrade foi tragicamente assassinado.
A pesquisa também destacou incidentes específicos de violência com conotação machista contra políticas, como as denúncias feitas pela prefeita de Duas Estradas, Joyce Renally, e sua colega de chapa, Myllena Nayara Leandro Nunes, que relataram ter sido vítimas de ataques durante a campanha.
Estes dados alarmantes refletem um crescente clima de tensão eleitoral que exige atenção e medidas rigorosas para assegurar a integridade do processo eleitoral e a segurança de todos os envolvidos. A continuação das investigações e a responsabilização dos envolvidos são passos cruciais para restaurar a confiança no sistema eleitoral e garantir eleições livres e justas.
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