Belém (PA) – Nas últimas semanas, o Grupamento Fluvial, a Delegacia de Polícia Fluvial e a Companhia de Policiamento Fluvial, que reúne policiais civis e militares, intensificaram os trabalhos e passaram a atuar conjuntamente em várias regiões do estado onde os registros de crimes de “pirataria” tem sido mais recorrentes. A ação, coordenada pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), tem apresentado bons resultados.
No último dia 18, duas operações foram deflagradas e culminaram na prisão de três homens em frente à cidade de Gurupá, na ilha do Marajó. O grupo tentava assaltar o carregamento das balsas Turibia Sales e Dias Neto III, que seguiam de Belém para Santarém transportando inúmeros produtos, principalmente motocicletas.
As prisões de Salomão Alves e Geovane Pereira aconteceram após uma intensa troca de tiros com a guarnição da Polícia Militar. O terceiro integrante do bando, Carlos de Oliveira, foi preso três horas depois na área próxima ao Estreito de Breves, no rio Tajapuru, onde a polícia localizou o barco que deu apoio durante o ataque às balsas. Com ele foram encontrados 46 galões de 200 litros que seriam utilizados para transportar o combustível que seria retirado do empurrador. Os três homens são naturais do município de Breves. “Nossa ação imediata e integrada foi crucial para a rápida resposta à ação dos bandidos”, declarou o delegado de Gurupá, Geraldo Pimenta.
No final da manhã do sábado, dia 18, na localidade de Costa Guajarazinho, área ribeirinha de Abaetetuba, uma guarnição do Policiamento Fluvial entrou em confronto com integrantes de uma quadrilha de piratas agem na região. Lucivaldo Pantoja, conhecido como “Mimi”, foi baleado e morreu no local. Ele estava com a prisão preventiva decretada. Foram apreendidos um revólver calibre 38, quatro televisores, galões de combustíveis e chaves para a desmontagem de motores. O material foi apresentado na Delegacia de Abaetetuba.
A atuação mais intensiva contra a pirataria nos rios da região já havia resultado na prisão de outros quatro criminosos no dia 16 deste mês. Giovany Silva Coutinho, Diego Caldas Pacheco, Gerson dos Santos Sousa e Márcio Coelho de Paula foram apresentados em coletiva à imprensa na sede da Delegacia Geral, em Belém, suspeitos de participação no assalto à embarcação “Oliveira Nobre”, ocorrido na madrugada do dia 11, em Muaná. Na ocasião, o dono do barco, Moisés Pantoja, 47 anos, acabou morto após receber um tiro de um dos bandidos.
Os acusados, que estão à disposição da Justiça, foram presos na cidade de Muaná em diferentes diligências. Gerson foi detido no dia 12, Diego e Giovanni no dia 13, e por último, no dia 14, foi a vez de Márcio. A polícia chegou aos criminosos por meio de uma denúncia anônima, registrada pelo serviço telefônico 181. Os quatro foram presos em áreas distantes cerca de 30 minutos da sede do município.
“Sabemos dos desafios que são inerentes ao trabalho de quem tem a missão de garantir a segurança nos rios, pela complexidade e extensão desse meio, mas as ações de inteligência têm se mostrado eficazes e somadas à atuação integrada de nossas equipes têm sido fundamentais para o combate à ação desses grupos criminosos”, destaca o diretor do GFLU, delegado Dilermando Dantas.
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