Com a base governista fraturada e uma nova acusação contra auxiliares do governador João Azevêdo, líderes da oposição buscam reavivar investigação sobre supostos desvios no Hospital Padre Zé
Da Redação
A oposição ao governador João Azevêdo (PSB) na Assembleia Legislativa da Paraíba está considerando reintroduzir o pedido de instalação da CPI do Hospital Padre Zé. O movimento foi impulsionado por uma recente denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba, que envolve diretamente dois secretários de Estado: Pollyanna Werton, ex-Dutra (PSB), secretária de Desenvolvimento Humano, e Tibério Limeira (PSB), secretário de Administração.
O contexto político atual favorece a oposição, com a base do governo mostrando sinais de divisão e o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos), expressando descontentamento por não ter sido escolhido como candidato do governo para as eleições de 2026.
George Moraes (União), líder da oposição, delineou uma estratégia em duas frentes. A primeira é a tentativa de reabrir a CPI, com o deputado Wallber Virgolino (PL) já trabalhando na coleta de assinaturas necessárias. A segunda envolve a expectativa de uma decisão judicial sobre um mandado de segurança que está pendente no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), sob análise do desembargador Leandro dos Santos. A oposição espera que essa decisão seja tomada antes do fim do recesso, em fevereiro, especialmente em vista das novas acusações.
“Vamos aguardar o julgamento do mandado de segurança que questiona o arquivamento, ainda pendente de julgamento pelo TJPB. E, diante dos fatos novos, buscar uma nova investigação”, afirmou George Moraes.
Para os oposicionistas, a nova denúncia fortalece sua posição, que desde 2023 tem insistido na necessidade de instalar a CPI para esclarecer e punir os supostos desvios financeiros que atingem a cifra de R$ 140 milhões no Hospital Padre Zé.
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