Por Andréa Dutra
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, não se curvou as pressões do governo e do PT. Não embarcou na canoa. Escapou de tornar-se o Waldir Maranhão do STF. Quando já havia iniciada a sessão do Senado, saiu a esperada decisão de Teori.
O ministro negou pedido apresentado pela Advocacia-Geral da União (AGU). E não suspendeu a validade da autorização concedida pela Câmara dos Deputados para abertura do processo de impeachment por crime de responsabilidade.
Com isso, fica mantida sessão do Senado que irá decidir se acata o processo. Se os senadores aprovarem a admissibilidade do processo, a presidenta Dilma será afastada por 180 dias do cargo.
No mandado de segurança, a AGU, que faz a defesa de Dilma, argumentava que o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), conduziu o processo de impeachment com desvio de finalidade.
A AGU alega que Cunha queria se proteger de processo contra ele que tramita no Conselho de Ética da Câmara.
Na decisão, Teori disse que o exame da questão sobre o processo de impeachment não cabe ao Poder Judiciário, mas ao Legislativo. A assim foi-se o último respiro do governo.
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