Por Tenente Poliglota
A verdade é que muito tem se especulado e o governo, ou novo governo, mesmo que interino, ainda nem esquentou a cadeira. Não há o que se contestar do estrago feito pelo PT no país, mesmo que com alguns relances de sanidade tenha “auxiliado” o povo (mas povo deles).
Michel Temer sabe que para consertar o estrago haverá a necessidade de uma ampla e dura austeridade em todos os setores da economia, aí incluindo a mexida na previdência que de fato deve acontecer. Se não fizer isso a governabilidade será possível, porém, difícil
Dois fatores jogarão pesado contra seu governo: A falta de inserção popular e a oposição petista. Se conseguir sobreviver a isso fará um “ajuste” no país, caso contrário, ficará para o próximo governo, que mesmo ele admitindo não ter interesse em reeleição, óbvio que os cenários se modificarão até 2018.
Quanto a unificação do país é evidente que ele fala em unificação dos partidos políticos, porque em relação aos empresariado esses cada um tem seus interesses, principalmente depois da perda que tiveram com o efeito avassalador da recessão Petista. No final das contas não vamos nos enganar de que a conta sobrará, mais uma vez, nas costas dos servidores e da sociedade.
O nome do novo Presidente do Banco Central será de fundamental importância, principalmente no cenário internacional. O controle das taxas cambiais será uma das metas difíceis do novo presidente. A inflação está subindo e a redução das despesas públicas seria a única forma de controlar o crescimento do país. Na estimativa do FMI (O Fundo Monetário Internacional) a previsão para a contração da economia brasileira deve encolher, através de seu Produto Interno Bruto (PIB), em cerca de 3,8% este ano. A recessão no Brasil é mais profunda do que o previsto. Cresceremos menos do que alguns países da América Latina.
Outro ponto desfavorável a Temer são as críticas por não ter montado o seu ministério formado por técnicos, como havia prometido, A desculpa foi completamente “política”, já que para chegar ao poder as alianças eram fundamentais com os partidos políticos de oposição (PSDB, DEM, PP, PSD, PR e PP), pois caso contrário, onde conseguiria apoio no Congresso?
Na verdade não podemos tapar o Sol com a peneira. Não será fácil para Temer e muito menos para o país. O buraco é muito mais profundo e quando chegar, se chegar, no BNDES aí é que a coisa vai ferver mesmo. Levantamentos preliminares indicam que o rombo é muito maior do que os 92 bilhões anunciados pela equipe de Dilma. Calcula-se que beira os 426 bilhões de reais, isso sem contar a suposição de desvios no BNDES de mais de 500 bilhões. Nessa soma, chegaremos fácil ao TRILHÃO em desvios.
E aí? Quem pagará essa conta? Dilma, Lula, o PT? É esperar para ver até onde a máquina da Lava Jato demonstrará sua potência.
Que vença Temer…Mas antes, o Brasil!
Seja o primeiro a comentar on "OPINIÃO | Temer, Sociedade, BNDES e Lava Jato"