Por Andréa Dutra
O governo joga sua última carta. Tenta impedir o impeachment da presidente Dilma no Judiciário. O Supremo Tribunal Federal novamente dará a decisão final. O governo e o PT sempre apostaram muito no STF. Afinal, dos 11 ministros, 8 devem seus cargos a Dilma e ao ex-presidente Lula. E esperam que eles retribuam,
O Brasil está nas mãos do ministro Teori Zavascki. Ele será o relator do mandado de segurança, impetrado nesta terça-feira (10) pela Advocacia-Geral da União.
E pede que seja suspensa a validade da autorização concedida pela Câmara dos Deputados para abertura de processo de impeachment por crime de responsabilidade contra a presidenta Dilma Rousseff.
A escolha foi feita por sorteio. Mas talvez por um acaso do destino, caiu nas mãos de Teori. É ele que conduz a operação Lava Jato no STF, o maior caso de corrupção já registrado mundialmente.
Hoje à tarde, o advogado-geral da União ingressou com o mandado de segurança sob o argumento de que o então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou a denúncia contra Dilma em “desvio de finalidade”.
Na terça-feira passada, o STF afastou Cunha do mandato de deputado federal e da Presidência da Câmara.
O País está preparado para mudanças. Se Teori resolver retribuir o “favor” ao PT por está no Supremo, será uma grita geral. Uma desmoralização do Supremo. Uma desmoralização para o Brasil.
Se bem que a imagem do País não está, lá essas coisas todas lá fora. E do atual Supremo pode se esperar tudo. Estamos numa encruzilhada: ou seguimos a Argentina, ou viramos uma Venezuela.
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