OPINIÃO | Eleição de 2024 é uma prévia da sucessão de João

(Foto: Zelma Brito/Wiki Commons)

Desempenho de grupos políticos contrários ao governador João Azevêdo nas eleições do próximo ano irá dar o norte para sucessão de 26

Mesmo sendo reeleito governador em 2022, João Azevêdo deve enfrentar dificuldade para fazer o seu sucessor.

A política paraibana hoje tem muitos caciques e pouco índios. Não existe no estado alguém que consiga reunir um grupo por liderança. Tudo se encaminha na base do acordo e de nacos de poder.

Além do governador, disputam o eleitorado os Ribeiro, os Cunha Lima, os Vital do Rêgo, os Morais, além das alas petista e bolsonarista. Todos pretendem apresentar candidatos ao Palácio da Redenção. E cada um tem a sua força política e potencial eleitoral. Claro que alguns arranjos devem ser feitos. E a conveniência deve ditar o rumo das alianças.

Quem hoje pisa em campo oposto, deve ser o amigo de ocasião nos passos que se seguem até 2026. Mas, antes de qualquer conjectura, é preciso entender o cenário das eleições municipais do próximo ano.

É possível afirmar que o pleito de 2024 será decisivo para a sucessão de João. E por isso a Paraíba terá uma das disputas mais acirradas de sua história.

Com a ascensão do PT ao poder federal e a consolidação do bolsonarismo como uma máquina de votos, os palanques municipais precisam de uma delicada costura politica.

Enquanto em cidades menores a esquerda tem a preferência do eleitor, principalmente nas mais assistidas por programas sociais, nas cidades maiores, a direita cristã avança.

Mas quem deve sair vitoriosos são candidatos de centro, por serem mais adesistas e poderem escolher o melhor palanque em cada cidade.

Muitos políticos ditos de centro terão que fazer uma escolha. E eleitor entender. Não será fácil para alguns partidos estarem, em municípios diferentes, num palanque petista aqui e bolsonarista acolá. Um pé em cada canoa. O eleitor mais esclarecido deve ficar ressabiado com essas costuras.

Quanto a João, a máquina e a tinta da caneta podem fazer a diferença. A sobrevivência política do seu grupo depende de um bom resultado no pleito municipal. Em caso de insucesso em 24, o café pode ficar frio com antecedência.

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