Opinião: alô, Cícero, desigualdade e pobreza persistem em João Pessoa

Situação da capital paraibana é alarmante: mais de 46% dos seus moradores vivem em condições de pobreza, enquanto mais de 9% enfrentam a extrema pobreza

Os dados divulgados pelo Observatório das Metrópoles, ligado ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), revelam uma situação alarmante na Grande João Pessoa: mais de 46% dos seus moradores vivem em condições de pobreza, enquanto mais de 9% enfrentam a extrema pobreza. Esses números são provenientes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2022, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os números mostram que o prefeito Cícero Lucena (Progressistas) precisa agir para combater o problema. É preocupante que a situação, ao invés de melhorar, vem piorando.

A análise dos indicadores de pobreza nas Regiões Metropolitanas do Nordeste e do Norte mostra que, com exceção de Aracaju, todas elas registraram taxas superiores a 30% da população em 2022. Nesse contexto, a Grande João Pessoa se destaca ao quase empatar com Manaus (46,9%) e superar outras regiões metropolitanas como Grande São Luís (45,6%), Recife (44,6%) e Macapá (43,7%).

Com uma população de mais de 1 milhão de habitantes, estima-se que mais de 500 mil pessoas na Grande João Pessoa recebam menos de R$ 345 por mês, o que evidencia uma realidade de carências e dificuldades enfrentadas por uma parcela significativa da população. Além disso, em termos de rendimentos, as Regiões Metropolitanas de Manaus, Salvador, João Pessoa, Grande São Luís e Recife foram as que registraram os valores mais baixos para a população mais pobre em 2022.

Os resultados do estudo reforçam a urgência do prefeito Cícero Lucena em adotar políticas públicas efetivas para combater a pobreza e a desigualdade. É fundamental que a Prefeitura de João Pessoa e da região metropolitana atuem de forma abrangente, visando não apenas a melhoria da renda das famílias, mas também o acesso a serviços básicos, como saúde, educação e infraestrutura.

Investimentos em programas de transferência de renda, capacitação profissional e geração de empregos são essenciais para reduzir a pobreza e promover a inclusão social. Além disso, é preciso fortalecer a educação de qualidade, que é um dos pilares para a superação das desigualdades, proporcionando às pessoas oportunidades reais de desenvolvimento e ascensão social.

O estudo, desenvolvido em parceria com a PUCRS-Data Social: laboratório de desigualdades, pobreza e mercado de trabalho e a Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina, ressalta a importância de uma abordagem integrada para enfrentar os desafios socioeconômicos nas regiões metropolitanas.

A cooperação entre instituições acadêmicas, órgãos de pesquisa e governos é fundamental para o desenvolvimento de políticas públicas embasadas em evidências e que atendam às necessidades da população.

A questão da extrema pobreza também merece destaque, uma vez que a Grande João Pessoa figura entre as regiões metropolitanas com maiores taxas nesse indicador. Ainda que os números estejam em ordem crescente em relação a outras regiões, como Salvador, Recife, Grande São Luís e Maceió, é inadmissível que um número significativo de pessoas esteja vivendo em condições tão precárias.

Para combater a extrema pobreza, é fundamental garantir uma renda mínima digna, oferecer oportunidades de emprego e promover a inclusão social por meio de políticas efetivas. Além disso, é necessário investir em educação, saúde e infraestrutura nas comunidades mais vulneráveis, proporcionando condições para que as pessoas possam romper o ciclo da pobreza e construir um futuro melhor.

Com a palavra o prefeito Cícero Lucena.

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