Nos últimos dias, o MP, um dos principais parceiros do governo Rollemberg, resolveu pegar no pé do presidente da companhia e pedir que sua posse seja anulada. Alguns movimentos de grupos políticos que perderam as eleições de 18 estão agindo para desestabilizar o governo Ibaneis Rocha. Esse jogo sujo da política brasiliense agoniza, mas ainda se vê pequenos berros pontuais.
A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal, a Caesb, vem num caminho de recuperação, depois de dois governos desastrosos, com administrações que sucatearam uma das principais empresas públicas do Distrito Federal. Não a toa que Brasília viveu momentos tensos de desabastecimento de água, levando transtornos à população e abalando a econômica da Capital Federal.
Depois de anos de incompetência, a Caesb tem a oportunidade de se reerguer. A recuperação, tanto financeira quanto de credibilidade, passa pelo trabalho do seu novo presidente, o engenheiro elétrico Fernando Leite. Ele é a pessoa que mais conhece a companhia, já tendo trabalhado na empresa entre 2000 e 2011 — entre as gestão do ex-governador Joaquim Roriz, Maria de Lourdes Abadia, José Roberto Arruda, Wilson Lima e Rogério Rosso. Leite foi, inclusive, quem deu iniciou as obras do sistema de Corumbá IV. O fim da escassez hídrica é um das duas metas.
Nos últimos dias, o Ministério Público do Distrito Federal, um dos principais parceiros do governo Rollemberg, resolveu pegar no pé de Fernando Leite e pedir que sua posse na companhia seja anulada. Alguns movimentos de grupos políticos que perderam as eleições de 18 estão agindo para desestabilizar o governo Ibaneis Rocha. Esse jogo sujo da política brasiliense agoniza, mas ainda se vê pequenos berros pontuais.
A Caesb informou que não tem conhecimento deste processo e que, ainda em 2018, a Casa Civil fez análise de todos os documentos exigidos para os indicados assumirem as funções.
“Posteriormente, o nome de Fernando Leite foi aprovado pelo Comitê de Ilegibilidade da Caesb que também analisou todos os documentos e validou a indicação”, informou a estatal.
O caso será julgado pela 5ª Vara da Fazenda Pública. A juíza Acácia Soares deu um prazo de três dias, contados a partir desta segunda-feira (11), para que a Caesb dê explicações sobre a nomeação de Fernando Leite.
Segundo o jornalista Toni Duarte, do portal Radar DF, o advogado Herman Barbosa disse que nas próximas 72 horas estará apresentando a sua manifestação contrária a uma medida cautelar da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep).
Fernando Leite foi acusado de ter celebrado um contrato sem licitação, considerado irregular pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal no ano de 2003, quando esteve à frente da Caesb.
Por causa disso ele foi condenado por três anos com a suspensão de seus direitos políticos e impedido de firmar contratos com o Governo do Distrito Federal (GDF).
No entanto, o advogado Herman Barbosa, ouvido pelo Radar, classificou como “um equívoco “ a manifestação da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público ao demandar uma ação julgada em abril de 2011, cuja pena de suspensão dos direitos políticos, do atual presidente da Caesb, começou a ser paga e que foi extinta em 11 de abril de 2014.
“No nosso entendimento Fernando Leite não deve mais nada a justiça. Estamos esperando sermos intimados para apresentar a nossa manifestação de defesa”, disse Herman Barbosa.
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